Na próxima quarta-feira (1), a nova temporada do Som Brasil apresentada pela TV Globo irá reverenciar a banda de rock Os Paralamas do Sucesso, que soma 40 anos de carreira e é uma das principais referências de sucesso da música brasileira. O programa será exibido logo após a novela Renascer e tem apresentação de Pedro Bial, direção artística de Gian Carlo Bellotti, produção de Anelise Franco e roteiro de Paulo Mario Martins e Ricardo Alexandre. A direção de gênero é de Mariano Boni.
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Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone encontram Pedro Bial e contam histórias da trajetória da banda, muitas delas inéditas. Revelam como se conheceram e como trabalharam a própria composição musical, com recursos do ska music. “Apesar de serem três, eles se agigantavam no palco. Eram a personificação da liberdade de expressão conquistada na Nova República. Fundamental no rock Brasil nos anos 1980 e além. E uma mistura finíssima de ritmos e fontes, que alimentou essa história de 40 anos”, define Pedro Bial.
Barone demonstra certa surpresa com a comemoração: “Se alguém falasse, lá atrás, que a gente ia ter 40 anos de carreira, acho que eu teria tido a maior crise de riso da história. Ao mesmo tempo, a gente sonhava, claro. Era o que a gente mais queria fazer da vida: tocar para a plateia, gravar um disco”, conta.
É impossível falar da história d’Os Paralamas sem passar pela transformação cultural daquela década. “Já tocava na rádio Barão Vermelho, Kid Abelha, Lobão, que a gente não sabia quem eram, mas pensávamos que poderíamos tentar também, então mandamos a demo”, lembra Bi Ribeiro. A demo ganhou espaço nas rádios independentes, e Pedro Bial recorda um marco para a banda, que a fez crescer em popularidade: a apresentação no Rock in Rio de 1985 para cerca de 100 mil pessoas.
A partir daí, Os Paralamas só cresceram, se tornando referência para artistas que viriam na sequência, em especial nos anos 1990, como Nação Zumbi e O Rappa. A habilidade de Herbert Vianna para compor, inclusive para outros artistas, o acidente sofrido por ele em 2001 e a amizade entre os integrantes, que só se fortaleceu com o decorrer dos anos, estão entre os temas abordados no programa. Herbert compartilha, ainda, sua rotina ao lado das duas filhas. Uma das curiosidades do programa é quando Pedro Bial mostra uma fita k7 com o registro inédito de um show feito em 1984, com uma música nunca gravada pela banda. Os integrantes se surpreendem com a qualidade e se perguntam o porquê de nunca a terem gravado a canção.
Além do resgate histórico cultural brasileiro em paralelo à trajetória da banda, o especial traz os musicais: Lanterna dos Afogados, Alagados e Era Uma Brasileira estão entre os hits gravados especialmente para o programa.