O ex-participante do BBB20, Pyong Lee, foi processado pelo diretor de criação do BuzzFeed, Gabriel Matos, que está pedindo, na Justiça, R$ 1,5 milhão contra o hipnólogo.
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O ex-brother foi acusado pelo empresário de estimular ataques de ódio contra ele nas redes sociais, tendo com isso causado graves danos pessoal e financeiro.
A informação foi divulgada pelo jornalista Bruno Thadeu, do UOL, que relatou que em decisão liminar, o juiz Marcelo Augusto Oliveira indeferiu o pedido de tutela antecipada feito por Matos.
A polêmica envolvendo o diretor do Buzzfeed e Pyong começou em 14 de abril, quando Matos postou mensagens no Twitter falando sobre ‘zuar’ a família do publicitário e afirmando estar ‘mais largado’ que o filho do Pyong.
O diretor alegou que os ‘memes’ produzidos já estavam circulando na web e que os utilizou em tom humorístico, responsabilizando Pyong pelas ameaças que ele e familiares têm sofrido nas redes sociais por seguidores do ex-confinado.
Confira trecho da decisão da Justiça publicado pelo UOL:
“Em 16/4/2020 o Sr. Jaime [Pyong] mobilizou seus milhões de seguidores a pedir, nas redes sociais, a demissão de Gabriel Matos de um veículo de imprensa. Essa atitude gerou diversos danos a Gabriel, que enfrenta, desde então, ameaças de violência e morte que tem lhe trazido profundos transtornos emocionais e financeiros”.
“Gabriel acredita que as suas manifestações não tiveram qualquer condão ofensivo, sendo, pelo contrário, protegidas por seu direito constitucional de livre manifestação. Pessoas públicas, com muita visibilidade, devem ter muito cuidado ao incitar perseguições digitais”.
“Por essa razão, certo que o Sr. Jaime extrapolou todos os limites aos quais deveria seguir, buscará judicialmente a proteção de sua vida íntima e reparação material quanto às ações ilegais do mágico”.
Pyong também fala em processo
No dia 16 de abril, Pyong Lee escreveu em suas redes que acionaria Gabriel Matos na Justiça. “O primeiro será o Sukita [apelido de Matos] do BuzzFeedBrasil!”, postou o ex-BBB.
Um dia depois, no dia 17 de abril, Pyong publicou comunicado em sua rede. O hipnólogo disse que ingressaria judicialmente contra quem o teria ofendido na web.
“Foi com muito desagrado que me vi na posição de contratar advogados para adoção de medidas judiciais contra aqueles que estão atacando a minha honra e de minha família. Até o meu filho recém-nascido vem sofrendo agressões e ameaças, num verdadeiro linchamento digital, sem qualquer precedente”, disse.
Juiz vê “livre direito de resposta”
Ainda segundo a reportagem, o juiz Marcelo Augusto Oliveira entendeu que Pyong não incitou seus seguidores a atacarem o autor. Ele indeferiu, em caráter liminar, o pedido de Matos.
“Não vislumbro excesso no direito à livre manifestação do pensamento do requerido [Pyong], sendo que ele [Pyong] tampouco incitou seus seguidores a realizarem qualquer ataque. O requerido não concordou com as mensagens postadas pelo autor [Matos] e exerceu seu livre direito de resposta, esclarecendo ainda que pretende processar judicialmente o autor pelas supostas ofensas”.
“Saliento que se o autor está sendo ameaçado ou ofendido por qualquer pessoa, seguidor do requerido ou não, pode valer-se de pretensão em face dessas pessoas”, complementou o juiz.