FINAL DE SEMANA

No Domingo Espetacular, Roberto Cabrini lembra histórias com Pelé e Senna: “Cobrindo a guerra, a foto com o Pelé me salvou de ser executado pelos Talibãs”

“Eu sabia que iria anunciar a morte dele. Havia todo um país à espera das minhas informações”, conta sobre o acidente de Senna

Publicado em 01/09/2023

Neste final de semana, o talento de Roberto Cabrini é duplamente celebrado! Escolhido nesta quinta-feira para receber o Troféu AIB de Imprensa, organizado pela prestigiada Associação de Imprensa do Brasil, na Categoria Destaque Especial, o jornalista também repassa sua carreira como convidado da próxima edição do quadro Record 70 Anos, do Domingo Espetacular.

O jornalista, que está em sua segunda passagem pela Record TV –  antes, ele havia trabalhado no canal entre 2008 e 2009 – relembra no programa os grandes momentos de sua trajetória. Mais que isso, abre uma rara exceção para revelar, na televisão, o repórter que existe por trás das câmeras: a família, hobbies e histórias que poucos conhecem. 

No depoimento a Michael Keller, ele fala do início da carreira, com apenas 16 anos, numa rádio do interior paulista, da paixão por fuscas, dos times do coração, dos motivos que o fizeram abandonar a cobertura de Fórmula 1, dos episódios em que escapou da morte durante as seis guerras em que atuou como correspondente, e da amizade com Ayrton Senna e Pelé. 

Sobre o piloto, Cabrini destaca os momentos dramáticos após o trágico acidente o vitimou, há 29 anos, em Ímola, na Itália. “Eu já tinha noção da gravidade, e quando cheguei ao hospital – fui um dos primeiros jornalistas a chegar – percebi, pelo comportamento dos médicos, que não tinha salvação. Eu sabia que iria anunciar a morte de Ayrton Senna. Eu estava abalado, do ponto de vista pessoal, mas eu também sabia que havia todo um país à espera das minhas informações”, disse ele.

Ele ainda conta como a amizade com Pelé impediu uma tragédia. Cabrini revela que costuma andar com uma foto na carteira em que havia posado, com sua família, ao lado do jogador: “Cobrindo a guerra do Afeganistão a gente foi interceptado pelas forças do Talibã e eles fizeram toda menção de que iriam nos executar. Só não nos executaram porque, num determinado momento, lembrei que eu tinha essa foto. Quando eu mostrei, eles imediatamente reconheceram Pelé e viram que eu tinha uma relação com ele. O Pelé salvou minha vida. E essa não foi a única vez. Pelé abria portas, parava guerras”.

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