A atriz Neusa Borges, de 81 anos, abriu o jogo sobre os papéis mais marcantes de sua carreira como atriz. Colecionando passagens em tramas da TV Globo como Escrava Isaura (1976), Dona Xepa (1977), Dancin’ Days (1978), A Indomada (1997) e O Clone (2001), a veterana conta que foi na TV Manchete, na novela Carmem (1987), que a sua vida financeira deu uma verdadeira guinada.
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“Sou espírita kardecista, tinha acabado de perder meu marido e estava dormindo no chão da casa da minha mãe com minhas duas filhas. De repente o orelhão tocou na Cohab, em São Paulo: era a TV Manchete me chamando para um trabalho e eu fui”, contou a estrela em entrevista para Pedro Bial.
Neusa Borges também relatou que a sua família se assustava quando a encontrava vestida da personagem cigana. “Todo mundo dizia que eu estava incorporada. Foi a época que ganhei mais dinheiro na minha vida. Chegava na Manchete eram caixas de champanhe de presente para a Pomba Gira, ganhei joias, ganhei até na loteria. Os padres diziam que a Pomba Gira ia acabar com a minha vida, eu a queria de volta”, entregou a atriz.
Já sobre o papel que gostaria de esquecer, Neusa Borges destaca que a Madalena, de Dancin’ Days (1978) foi uma época muito difícil de sua vida. “Não gosto de falar de Dancin’ Days, foi a pior época da minha vida. Como cantora cheguei ao auge porque fui a primeira pessoa a gravar a música Folhetim e parou o Brasil. Aí, o que fizeram com a minha carreira… que dali eu nunca mais quis saber de abrir a boca nem para cantar Nana, Neném para as minhas filhas. Parei o Brasil, as pessoas em casa esperando a Madá cantar”, relembrou a veterana.