Nesta terça-feira (25), a repórter Susana Naspolini, de 49 anos, faleceu em decorrência de complicações provocadas pelo câncer, devido à metástase nos ossos da bacia. A jornalista estava internada no hospital Albert Einstein, em São Paulo.
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Conhecida dos telespectadores por seu carisma e bom humor durante as reportagens do RJTV, a repórter da TV Globo deixa a filha Júlia, de 16 anos, fruto do casamento com o narrador esportivo Maurício Torres.
Em entrevista ao Memória Globo, a jornalista havia comentando sobre a sua luta contra o câncer e que apesar da doença, nunca perdeu a fé para seguir em frente com a sua trajetória. “Meu trabalho como repórter é onde eu sou feliz. Sou uma repórter otimista, sempre acho que vai dar jeito, que as coisas vão melhorar. Acredito nas boas intenções das pessoas. Sou incansável. Acredito que o bem sempre prevalece”, disse a profissional.
Em setembro, Susana Naspolini havia se manifestado nas redes sociais, pedindo orações aos telespectadores ao revelar que precisou dar entrada de urgência no hospital para tratar uma infecção devido à imunidade baixa. “Adivinhem o que vim pedir para vocês? Orações, torcida e energia positiva! Conto com vocês. Deus está aqui neste momento”, falou a repórter, na ocasião.
Em sua trajetória na televisão, Susana Naspolini conquistou uma legião de admiradores ao ser reconhecida como a repórter mais carismática do Rio de Janeiro. A profissional entrou para a TV Globo em 2002, quando se tornou repórter da Globo News. Susana também trabalhou no Canal Futura, na produção e reportagem dos telejornais locais da Editoria Rio, da TV Globo.
Desde 2008, a repórter se revezava com outros profissionais do jornalismo no comando do RJ Móvel, mas ganhou grande notoriedade entre os telespectadores quando assumiu a posição de titular do quadro do RJ1, que denuncia problemas que afligem a população e cobra a solução das autoridades responsáveis.
Sempre cobrando as prefeituras por melhorias nas obras das cidades, Susana Naspolini chegou a testar o asfalto das ruas pedalando em bicicletas infantis e andando de skate e a expor problemas de saneamento básico navegando de barco em valas de esgoto. Em maio de 2017, a jornalista assumiu outro desafio, ao ser convidada para apresentar o Globo Comunidade no Rio de Janeiro, em paralelo com o RJ Móvel.
Entre as coberturas de maiores destaques em sua trajetória profissional estão as chuvas que atingiram o Rio de Janeiro em abril de 2010, quando foi enviada para investigar a situação no Morro dos Prazeres, em Santa Teresa, região central da cidade, além de brilhar anualmente na Sapucaí com as suas matérias sobre o carnaval carioca. Também destaca-se a sua participação na cobertura da ocupação policial na Vila Cruzeiro, em 2011, que rendeu ao Jornalismo da TV Globo, o Prêmio Emmy Internacional.
Em 2013, Susana Naspolini chamou a atenção do público ao aparecer pendurada por um cinto em um guindaste ao vivo, para cobrir o Rock In Rio. Já em Em 2019, a repórter lançou o livro Eu Escolho Ser Feliz, uma autobiografia sobre a sua luta contra o câncer, ganhando uma continuação em 2021, com a obra Terapia com Deus, em que revela como a fé a ajudou a superar a perda do pai e o último diagnóstico de câncer.