Durante uma live realizada no Instagram da revista Caras nesta quarta-feira (19), Walcyr Carrasco relembrou a polêmica envolvendo a participação de Marina Ruy Barbosa em Amor à Vida (2013), novela na qual a estrela iria raspar a cabeça por causa de uma doença da personagem que interpretou, mas desistiu da ideia e virou um ‘fantasma’ na história.
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“Quando ela aceitou o papel, tinha combinado que cortaria o cabelo. Tinha combinado verbalmente que cortaria quando aceitou o papel. Ela foi fazer o papel, e a história [do corte] foi chegando. Ela não avisou com tanta antecedência que não ia cortar. Se tivesse avisado com muita antecedência, eu teria sabido orientar a história para outro lugar”, declarou o escritor.
O novelista destacou que soube da recusa da atriz cinco dias antes das gravações da sequência. “E eu tinha que mudar toda a história. Entendeu? Se tivessem me preparado um mês antes, existe um time de peruca americana, que é uma peruca que parece que a pessoa está sem cabelo. Então, teria dado para encomendar esse material. Mas pode ser feito com muita antecedência. E a gente não tinha isso para resolver de uma boa maneira”, lamentou.
“Quando fui notificado que Marina não ficaria careca, já havia escrito 30 capítulos com esse enredo. Na minha história, a personagem dela já estava à beira da morte. Não tinha mais jeito, porque eu teria que desfazer toda a história já escrita, o que não é o problema. Falaram: ‘O Walcyr ficou com preguiça’. Não, não fiquei com preguiça”, esclareceu o autor.
O outro lado
Nesta quinta-feira (20), Marina resolveu usar o Twitter para se pronunciar sobre a polêmica. “Depois de oito anos, ainda esse assunto. Nunca falei sobre isso e sei que o que não faltam são histórias bem distantes da verdade. Aproveitando a fala do Walcyr, ‘desisti’, pois o que tinha sido combinado e dito pra mim sobre a história, sobre a personagem, não foi feito”, disparou a atriz.
“Uma pena que na época não tive ‘acesso’ e não pude falar diretamente com o autor. Nunca nos falamos, nem no momento em que fui chamada pra novela, durante o trabalho ou depois de tudo. Uma pena não ter tido a chance de conversar e entender o que se passava na cabeça do Walcyr”, seguiu a estrela.
“Do lado de cá, com as informações que eu tinha, de uma coisa estava certa: como atriz, não queria só o sensacionalismo. E como menina/mulher aos 17 anos, só valeria à pena se fosse pra tratar da doença com muito respeito e atenção, e fazer uma ação social sobre câncer linfático”, refletiu.
“Não foi uma decisão irresponsável, muito menos leviana. Após uma longa conversa com a direção da emissora da época, chegamos juntos a essa conclusão, de que não fazia sentido pela forma como tudo estava sendo tratado”, analisou.
“Admiro a minha coragem de questionar, de me arriscar e enfrentar tudo que aconteceu depois, mesmo há oito anos. Acho que muita coisa mudou de lá pra cá, e hoje ninguém é mais inacessível e essas hierarquias são tratadas de uma forma bem mais saudável nos ambientes de trabalho. No entanto, possuo total respeito e admiração pelo trabalho do Walcyr, um autor que considero muito talentoso”, concluiu Marina.
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