Longe das novelas, intérprete do Jamanta dispara: “Ninguém se afasta, a TV que não te chama”

Publicado em 06/12/2016

Cacá Carvalho, 63 anos, outro dia entrou em um táxi e o motorista lhe disse, com um sorriso de menino, que o assistia como o Jamanta, lendário personagem da TV interpretado pelo ator, no ar na reprise da novela “Torre de Babel” no Viva, escrita por Silvio de Abreu em 1998.

O ator está há dez anos longe da TV, e se dedica ao teatro. Ele está em cartaz até 17 de dezembro no Auditório do Sesc Pinheiros (r. Paes Leme, 195) em São Paulo, com a peça “A Próxima Estação”, que acompanha 50 anos na vida de um casal. As sessões são de quinta a sábado, às 20h30, com entrada a R$ 25.

Cacá comentou com o colunista Miguel Arcanjo, do Portal UOL, que não sabia que “Torre de Babel” seria reprisada, “Eu, para falar a verdade, fiquei sabendo dentro de um táxi. Eu peguei um táxi e o motorista disse “ontem eu estava na minha casa e estava começando a novela ‘Torre de Babel’”. Eu fiquei, claro, feliz de ver que aquele moço ao me encontrar abriu nele uma alegria como se a volta daquela novela tivesse feito nele o efeito de reencontrar uma saudade, uma alegria guardada que ele gostou de reencontrar. Eu fico feliz quando o teatro ou a televisão ou enfim quando uma lembrança fica viva em alguém. E cada vez que ela passa os olhos na lembrança abre nela uma coisa que se manifesta externamente na boca em forma de sorriso, mas é dentro que tudo se abre, eu fico feliz quando isso acontece.”

Cacá também falou sobre seu afastamento da TV. “Eu acho que ninguém se afasta da TV, a TV que não te chama. Mesmo quem está lá como ‘funcionário’, ou que está mais próximo, ninguém se afasta da televisão sabe, se me chamarem eu estudo e vejo a possibilidade de fazer. Não estou afastado, a minha vida sempre foi ir abrindo caminhos dentro da minha linguagem, digamos, onde eu fui criado, educado, formado. Eu tenho um pensamento que eu desenvolvo e articulo, pensamentos e trabalhos que é o teatro. Quando qualquer outro trabalho, seja na televisão, seja no cinema, ou seja uma série, como agora eu acabei de fazer uma série chamada “171”, que estará no ar o ano que vem na Warner, eu acho que tendo espaço é claro que eu quero fazer, porque tudo é experiência, tudo soma, tudo me faz pensar, senão você só fica uma pessoa que só come um tipo de alimento. Eu me alimento de tudo aquilo que eu acredite que é saudável.

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