Emissoras iniciam nova guerra além da disputa por audiência

Publicado em 08/04/2017

As emissoras iniciaram nesta semana uma nova guerra além da tradicional disputa por audiência na Grande São Paulo. Isso porque a emissora dos Saad decidiu ir a favor das operadoras de TV a cabo. Cabe lembrar que somente a Band e a Globo, da TV aberta, estão sendo exibidas nessas operadoras após o fim do sinal analógico. Record, SBT e Rede TV! decidiram cortar suas transmissões depois das empresas não aceitarem o acordo de pagar pelo conteúdo das três emissoras.

A nova guerra iniciou quando a Band se posicionou a favor das operadoras da TV a cabo, por meio de uma reportagem veiculada no Jornal da Band na última semana. A reportagem afirma que as “emissoras [Record, SBT e Rede TV!] exigem cobrança por conteúdo gratuito”.

Reportagem do Jornal da Band (Reprodução)
Reportagem do Jornal da Band (Reprodução)

O repórter Sandro Barbosa chega a afirmar que o consumidor terá um custo de R$ 15 reais a mais, caso as operadoras fechem o acordo com a Simba – empresa criada pelas três emissoras. O presidente da Associação Brasileira de Televisão Por Assinatura, Oscar Simões, contrário a decisão dos três canais, também foi consultado e disse que, com a crise, que quem “paga é o consumidor final”.

Na sexta-feira (07), o SBT resolveu se posicionar contra a reportagem do Jornal da Band. “Se ouvir algo como “Essas emissoras querem agora cobrar do consumidor final”, saiba que é mentira”, diz parte da nota.

“Ninguém pode deixar de reconhecer que, graças às TV’s abertas, as operadoras de TV paga cresceram muito no Brasil, sem nunca terem pago pelo nosso conteúdo. Quem duvida disso, saiba que a TV aberta representa hoje 50% da audiência dos domicílios de TV paga. Isso é uma realidade!”, acrescenta.

O SBT ainda argumenta que 60% do valor pago pelas operadoras seria investido em “produção de conteúdo, tecnologia de televisão e na criação de novos canais para os assinantes”.

“Enfim, esperamos sinceramente que as TVs pagas entendam essa importância e busquem um acordo o mais rápido possível para que possamos restabelecer nossos sinais e para que os assinantes voltem a ter aquilo que sempre tiveram desde quando contrataram o serviço de TV por assinatura”, finaliza.

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