Neste domingo (26), o Globoplay disponibilizou os episódios da série documental sobre a vida e a carreira da apresentadora Angélica, 50 & Tanto, que celebram os 50 anos da eterna comunicadora. No primeiro episódio, a esposa de Luciano Huck relatou ter sofrido um assédio sexual quando ainda era criança de um famoso da televisão brasileira daquela época e confessou o seu incômodo ao ter que falar de virgindade para a imprensa quando também era menor de idade.
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“Sou Angélica por um triz. Quando eu ia estrear na TV, um homem muito poderoso achava que meu nome artístico tinha que ser Lolita, que nem a menina do livro”, revelou a apresentadora.
Vencedora do concurso infantil de criança mais bonita do Brasil nos anos 80, Angélica conta que não entendia porque um poderoso figurão da televisão pedia para que ela ficasse no seu colo nos bastidores da emissora. “Foi bem nessa época que o homem pedia para eu sentar no colo dele nos bastidores da TV. Ele era um adulto e, eu, uma criança. E eu fazia tudo sem entender. Hoje eu entendo”, relatou ela.
A apresentadora também relembrou a sexualização da sua infância e adolescência, quando era questionada publicamente pela mídia sobre a sua virgindade. “Lembro de chegar em lugares e me perguntarem se eu era virgem. Era criança e ficava me perguntando que pauta era aquela. Sexualizavam nossa vida de uma forma que a gente nem estava entendendo o que estava acontecendo. Fiquei um tempão respondendo se era virgem. E em algum momento eu deixei de ser, né? Mas as pessoas continuaram perguntando e eu pensava: ‘E agora?’. Eu continuava respondendo que era, ia falar o quê?”, desabafou Angélica no documentário.