
Na última sexta-feira (21), a atriz Claudia Ohana, de 60 anos, recordou a sua personagem polêmica Isabela Ferreto na novela A Próxima Vítima (1995), escrita por Silvio de Abreu. Durante entrevista no programa Conversa com Bial, a artista revelou que não se dava bem com um colega de elenco e refletiu sobre a mudança do comportamento do público ao ver uma mulher sendo agredida nas telinhas.
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“Apanhava muito. E as pessoas ficavam muito felizes de verem ela apanhando. As pessoas achavam que ela merecia. Hoje em dia, não se pode fazer uma cena dessa. Espancar uma mulher por que ela traiu? Imagina se toda mulher espancasse o homem que traísse? Ok, termina, fica com raiva, quebra o celular, bate a porta… Agora espancar, dar facada em uma pessoa?”, disse ela sobre a polêmica cena em que a sua vilã é agredida no dia de seu casamento após ter a sua traição exposta.
Ainda segundo o depoimento de Claudia Ohana, esse tipo de violência contra a mulher era normalizado na época e a novela retratava exatamente o que acontecia no Brasil do passado. “Aquilo era uma coisa normal. O mundo mudou muito. Que bom! Mas isso retrata uma época. Não se deve deixar de falar que existia isso. As pessoas sentiam prazer e felicidade da mulher ser espancada porque traiu”, analisou ela.
Já sobre o seu par romântico com o ator José Wilker (1944-2014), a atriz conta que eles não tinham amizade nos bastidores da trama mas que o falecido artista era sempre muito profissional em frente às câmeras.
“Ele foi um dos pares românticos mais incríveis. E olha que a gente não se amava. A gente não se dava bem e tal. Não era uma pessoa amiga minha. Mas contracenar… Em cena, era de uma sensibilidade, de uma inteligência!”, completou Claudia Ohana.