O presidente da República, Jair Bolsonaro, entrou em rota de colisão com a Globo, depois que a emissora decidiu não mais cobrir o Palácio do Alvorada in loco. A emissora carioca entende que não há segurança para seus profissionais do jornalismo, que sofrem com as ameaças de seguidores do mandatário.
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Os colaboradores de Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, dois dos jornais mais importantes do país, também não estarão mais na porta do Alvorada, onde o presidente costuma parar duas vezes por dia para cumprimentar os fãs e falar com a imprensa. Porém, depois de saber da ausência desses veículos, Bolsonaro reagiu.
“Foi embora a Folha? Não está mais aqui, não? O Globo também não está? Estadão também saiu?”, questionou ele ao não ver os jornalistas e os microfones dessas empresas. Para Bolsonaro, os jornais e a emissora de TV estão se passando por vítimas.
“Estão se vitimizando. Quando eu levei a facada, não falaram nada. Eu não vi matéria na Folha falando ‘quem matou Bolsonaro?’, nada. Pelo contrário, eu levo pancada o tempo todo. Também não vi a Globo falando isso aí. Se for pegar o número de horas que a Globo fez com Marielle [Franco, vereadora do Rio, barbaramente, assassinada] e do meu caso, acho que dá 100 por 1”, apontou.
O presidente ainda concluiu dizendo que a imprensa é livre e que nunca teve uma palavra sua ou ato a fim de constranger a mídia. “Nunca persegui ninguém. E o ditador sou eu. O que eu quero da mídia é que ela venda a verdade, para o bem da própria mídia”, afirmou aos veículos que permanecem na cobertura, como CNN Brasil, SBT e Record TV.