A TV Globo decidiu proibir todos os seus jornalistas de darem plantão no Palácio do Alvorada, em Brasília.
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A informação foi divulgada pelo Notícias da TV, que contou que a emissora, em nota, disse que os apoiadores de Jair Bolsonaro, que ficam ao lado da imprensa em suas entrevistas coletivas, têm agido de maneira agressiva com os profissionais, oferecendo riscos à integridade de todos.
“Como a animosidade dos militantes tem sido crescente, e sem que haja providências por parte das autoridades para proteger os jornalistas, o vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo comunicou a decisão, por carta, ao ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno“, publicou o canal em seu portal de notícias, o G1.
Para não ficar sem as informações divulgadas e entrevistas com o chefe do Executivo, a Globo esclareceu na nota que está buscando uma maneira segura de cobrir o dia a dia no Alvorada.
O jornal Folha de S.Paulo adotou a mesma postura da emissora nesta segunda (25).
Confira a carta assinada por Paulo Tonet Camargo, vice-presidente das relações institucionais do Grupo Globo, enviada ao ministro Augusto Heleno:
“Ao cumprimentar V.Exa., trazemos ao conhecimento desse Gabinete uma questão que envolve a segurança da cobertura jornalística no Palácio da Alvorada”
“É público que o Senhor Presidente da República na saída, e muitas vezes no retorno ao Palácio, desce do carro e dá entrevistas bem como cumprimenta simpatizantes. Este fato fez vários meios de comunicação deslocarem para lá equipes de reportagem no intuito de fazer a cobertura.”
“Entretanto são muitos os insultos e os apupos que os nossos profissionais vêm sofrendo dia a dia por parte dos militantes que ali se encontram, sem qualquer segurança para o trabalho jornalístico..”
“Estas agressões vêm crescendo. Assim informamos por meio desta que a partir de hoje nossos repórteres, que têm como incumbência cobrir o Palácio da Alvorada, não mais comparecerão àquele local na parte externa destinada à imprensa.”
“Com a responsabilidade que temos com nossos colaboradores, e não havendo segurança para o trabalho, tivemos que tomar essa decisão. Respeitosamente, Paulo Tonet Camargo”