Éramos Seis

Mayana Neiva fala sobre enfrentar os problemas da vida: “Na crise a gente se abre, se expande, encontramos fragilidades que são potências”

Atriz revela ser adepta de uma dieta indiana

Publicado em 25/09/2019

Dona de um rosto marcante e um sorriso invejável, a atriz Mayana Neiva se prepara para viver mais uma personagem nesses mais de dez anos de carreira na televisão.

A morena interpretará Karine Assad, na nova versão de Éramos Seis, da TV Globo. Em exclusividade para o Observatório da Televisão, a bela atriz falou sobre como cuida de sua alimentação, revela ser adapta de uma técnica alimentar da Índia, conta como cuida de seu físico e fala sobre os planos de ser mãe no futuro. Confira a entrevista:

Qual a receita para ter esse corpão?

Ser feliz! Essa é a principal receita. Eu me conectei com uma medicina indiana, que trabalha com a energia do corpo. É um conceito de saúde bem expandido que me ajuda bastante.

É difícil manter essa dieta?

Um pouco, mas te ajuda a entender o que você precisa a cada tempo. Não é a mesma receita que você vai comer sempre. Então dependendo de como você está se sentindo, precisa de um certo tipo de alimento ou de outro. Essa dieta ajuda a entender as dinâmicas corporais em relação ao tempo, e nos insere em um contexto maior de saúde.

Você é vegana certo? Quando começou esse processo de veganismo?

Foi na época que morei fora. Comecei há uns 5 anos essa paixão pelo veganismo. Já o Ayurveda é uma coisa mais recente. O Ayurveda faz parte de um entendimento mais holístico, mais profundo da saúde. Vai desde a oleação corporal passando pelos dentes até a alimentação. Fala sobre o seu tipo de energia. Você começa a se conhecer, entender os sinais, e não espera chegar uma doença para se tratar. Não é só apenas para emagrecer, é para se potencializar! Potencializar o espírito, a alma, e entender que a alimentação pode ser uma fonte de cura.

Essa é técnica é mais comum na Índia?

Sim. Ela divide as energias do corpo em Kapha (terra e água), Pitta (fogo e água), e Vata (éter e ar). E eu sou bem Pitta, bastante fogo (risos). Gosto de tudo com pimenta e coisas assim, então tenho que balancear o meu Pitta com a minha alimentação. Comer abacate, muito óleo de coco, comer muita fruta básica, tipo maçã… Você vai entendendo o que é bom para o seu equilíbrio, e cada equilíbrio é diferente. E às vezes se você precisa correr muito, você precisa de Pitta, então você não vai derrubar muita Pitta, porque está numa rotina de gravação. Se você quer meditar, vai num retiro de meditação, e ali você baixa todo Pitta. Tira o sal, vai tentando tirar a pimenta, tentando tirar um pouco e repondo com coisas boas, tipo um abacate com um pouquinho de limão. É uma delícia! É gostosinho.

Quem faz essas comidas para você?

Eu tenho uma amiga que chama Carol Rocha, e ela me instruiu no Ayurveda. Mas eu pesquiso. Também tenho uma nutricionista que me acompanha.

Você emagreceu para essa novela não é, porque para O Outro Lado do Paraíso, você teve que engordar, certo?

Sim! Na outra tive que engordar. Mas nessa (Éramos Seis) não teve nenhum pedido específico. Eu vim também de uma série que fazia uma delegada no canal Universal, e também fiz um filme na Argentina. São sets completamente diferentes, e estou chegando aqui agora em outra dinâmica, mas não teve nenhum requisito de peso não.

Mas você acha que perdeu peso para essa novela?

A gente tenta sempre melhorar (risos). Eu acho que perdi uns dois quilos, mas não emagreci muito não.

Você faz alguma atividade física como musculação ou Yoga?

Eu gosto muito de Yoga. Meditação eu faço todos os dias por causa da cabeça. E isso é uma necessidade, além da Ayurveda. Quando estou no Rio, tenho um personal para malhar, e também faço Vídeo Yoga e outras coisinhas.

Seus treinos são diários ou você tem outra rotina?

Eu faço treinos três vezes por semana na academia e meditação todo dia. E a Yoga eu faço duas vezes por semana em casa. Eu acordo e faço.

Como é passar dos 35 anos sem crise?

Eu acho que a gente sempre tem crises. E as crises quando vêm para potencializar a gente na direção que temos que ir. As crises vêm para ajustar a rota, são coisas necessárias. Na crise a gente se abre, se expande, encontramos fragilidades que são potências. Não tive crises relacionadas à idade, mas à vida mesmo. Eu sinto que quanto mais cada ano passa, estou mais perto da minha liberdade. Hoje me sinto muito mais livre e mais próxima da minha coragem, da minha identidade, do que eu era há cinco, dez anos atrás por exemplo.

Você pensa em ser mãe?

Tenho vontade. Ainda não rolou, mas quem sabe?

Tem gente que congela os óvulos para pensar no futuro. Você fez isso também ou não?

Eu pensei nisso, mas minha ginecologista falou pra eu ter calma, que eu não precisava fazer isso agora, porque tem um processo natural. Congelar os óvulos é tipo um seguro, você pode fazer, mas ela falou que existem hábitos de vida, hábitos de alimentação, e uma série de outras questões hormonais, que são muito mais importantes que simplesmente você congelar. Se precisar, eu vou congelar, não teria problemas, mas acho que filho tem que vir o mais natural possível. Sou dessa cultura. Se eu tiver um filho, vai vir naturalmente.

*Entrevista pelo jornalista André Romano

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