Marianna Armellini revela semelhança com sua personagem em Malhação: “Cantar é uma coisa que eu não faço bem”

Publicado em 18/05/2018

Com uma personagem divertida, Marianna Armellini se baseia no texto  para compor a professora de matemática Brigitte em Malhação – Vidas Brasileiras. A atriz confessa que não sabe cantar muito bem, mas nada que se compare a desafinação de sua personagem, que ela classifica como ‘sem noção’. Além de assistir os filmes Florence, com Meryl Streep, e Marquerite, com Catherine Frot, Marianna conta com o figurino despojado na construção da personagem. Em entrevista ao Observatório da Televisão, a atriz disse ainda que o mais tem em comum com a professora é seu jeito de ser amiga das pessoas.

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Como você fez para compor essa personagem divertida que acha que é uma ótima cantora?

A gente tem uma coisa muito valiosa, que ajuda a gente, que é o texto. Então, quando você tem um texto que já te traz muita coisa, você tira dali. É claro, eu assisti dois filmes, Florence e Marquerite, que é um filme francês, pra pegar pouco da pessoa que não canta nada e acha que canta. Eu sou muito crítica comigo cantando. Eu canto mal mesmo, não desse jeito (da Brigitte), estou forçando um pouco a barra. Eu canto bem em coro, sozinha eu não canto. E sou muito chata com isso. Eu tenho ataques de choro. Fui casada com um maestro por sete anos e ele não conseguiu me fazer cantar. Eu sou muito exigente comigo. Eu gosto de fazer tudo bem feito e cantar é uma coisa que eu não faço bem. Tive aula e tudo, não desisti ainda, uma hora eu volto a tentar.

A Brigitte, então, é bem diferente de você?

A a Brigitte não tem noção mesmo, não é possível alguém não se escutar desse jeito. Eu assisti a programas tipo Ídolos, que tem os testes e a pessoa acha que tá cantando e não canta nada. Eu assisti umas coisas dessas pra ver como é a autoestima dessa pessoa (risos). Ela acha que está arrasando e não está. Fui pegando um pouquinho de cada coisa. E por ela ser professora de matemática, ela tem que ser um pouquinho mais exigente que a Gabriela (Camila Morgado), que é professora de português e pode ser mais fresh. Como a Brigite é professora de matemática, ela tem que ter um certo rigor na aula. Eu acho que eu não me inspirei, foi vindo. E o figurino, eu sempre falo isso, eu sou uma atriz que constrói muito a parte de figurino. E o meu figurino é o mais divertido e colorido. Eu misturo estampa. Acho que é isso.

E o coração da Brigite tá batendo forte por alguém, não é?

Graças a Deus bateu desde o início porque ela não morreu (risos). Mas ela tá afora achando que tem alguém apaixonado por ela. Porque ela tem essa autoestima, né? A pessoa não pode falar: ‘quero conversar com você’, que ela já acha que tá apaixonado. A gente vai ver o que vai acontecer. A gente vai ver o que vai acontecer. Eu estou torcendo muito para que ela se envolver com o Marcelo (Bukassa Kabengele), um pedaço de bom caminho, mas não sei realmente o que vai acontecer.

Ela tem uma amizade muito cabana com a Gabriela. E você também é uma boa amiga na vida real?

Eu sou a melhor amiga que você pode ter. Achei uma coisa que eu sou boa, eu sou amiga. Eu tenho bons amigos, bons mesmo. Amigos que eu me separei, botei uma mochila nas costas e eu tinha certeza que eu podia ir. Tenho certeza que eu posso bater nesse porta. Tanto que quando eu arrumei minha casa, eu tenho um amigo que se separou e tá na minha casa. Eu sou esse tipo de gente. Se o amigo precisar de dinheiro, tá no perrengue e eu to empregada eu falo: ‘quando eu to empregada, amigo meu não passa necessidade. Pago aluguel, eu ajudo, eu indico, eu divulgo, tudo que  eu posso fazer. Eu não tive filhos, nem sei se pretendo ter. A minha família é muito grande, minha mão é muito de estar com a família. Nem minha mãe  nem meu pai são de muitos amigos. Eu sempre fui de muitos amigos. Eu tenho essa família que eu construí, principalmente em São Paulo. Então, eu tenho certeza que eu vou morrer com os meus amigos. Meu sonho é criar aquelas vilas que tem uma enfermeira que passa em todo lugar. As bichas velhas, que eu vou catar os meninos de dentro e falar: ‘tira os meninos daqui’. Fazer festa. Amizade é uma coisa pra mim muito cara.

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