Elogiada no PopStar, Renata Capucci fala sobre potência vocal: “Não esperem de mim grandes agudos”

Publicado em 04/10/2018

Renata Capucci está sendo bem elogiada no PopStar. A cada domingo, a jornalista encara o desafio de cantar ao vivo no programa, apresentado por Taís Araújo, passando por uma avaliação técnica e popular. Em entrevista ao Observatório da Televisão, Renata falou sobre sua relação com a música, potência vocal e como pretende conduzir suas performances.

Há 23 anos trabalhando no jornalismo da Globo, ela também destacou o carinho que recebe do público: “Acho que é uma carreira construída solidamente em cima de muita verdade e honestidade”. Confira:

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Como está sendo participar do Popstar?

Na nossa carreira estamos sempre buscando novidades, desafios. É um novo desafio para mim. É arriscado? Não, porque eu não tenho obrigação alguma de cantar bem. No dia seguinte do programa, eu serei a mesma Renata de sempre: jornalista, repórter, apresentadora, mãe, dona de casa, cozinheira. Eu acho que isso só vai me acrescentar. Como jornalista, estamos sempre buscando novas informações, aprendendo cada vez mais. E podem ter certeza, eu estou aprendendo demais com essa experiência.

Você tem alguma experiência com a música?

Eu tinha cantado em um evento beneficente com as minhas filhas em prol do Solar Meninos de Luz, uma instituição beneficente no Morro do Canta Galo, que é maravilhosa e que eu fui visitar fazendo matéria. Por isso resolvi participar desse projeto. Um ano eu cantei com a Aline, que é minha filha mais velha. No outro, eu cantei com a Diana. Alguém soube que eu tinha cantado, pediram para eu mandar um vídeo, eu mandei. Não achei que fosse rolar. Rolou, cá estou e estou achando um maior barato.

“É a mesma Renata que vocês vão ver no palco”

Você manda bem na afinação vocal?

Eu sou afinadinha. Mas assim, não esperem de mim grandes agudos, pirotecnias. Não esperem que eu seja a Céline Dion, nem a Whitney Houston. Eu sou a Renata. Renata que todos conhecem, que tem uma voz mais grave na hora de dar as notícias.

É a mesma Renata que vocês vão ver no palco. Um pouco mais solta, é óbvio, porque é a Renata no palco se divertindo e curtindo. Coisa que, não necessariamente, eu posso ser no meu dia a dia.

Qual a importância da música na sua vida?

Eu sempre me achei afinada. A música faz parte da minha vida. Eu canto o dia inteiro. Canto indo para o trabalho ouvindo rádio, canto enquanto estou cozinhando em casa, canto com o meu cinegrafista no carro de reportagem. Quando a gente libera o VT, damos uma relaxada, ouvimos rádio e cantamos juntos.

Você tem medo de pagar algum mico nas apresentações?

Não tenho receio. Acho que está honesto.

Renata Capucci fala sobre carisma

Por ser carismática, a sua participação em um programa de entretenimento gerou muita expectativa no público. Essa responsabilidade te deixou com um friozinho na barriga?

Eu acho que é uma expectativa natural. Um ou outro aqui canta. A Samantha tem um programa no Bis em que ela canta. A Jeniffer, a Lua (também cantam). A Renata ninguém nunca ouviu cantando em qualquer lugar. A não ser quem esteve lá nos eventos beneficentes. Acho que é bacana isso. Realmente, eu acho que o carisma é fruto de 23 anos de trabalho só de Globo.

Você pode falar assim: ‘você nasceu com o carisma. É o seu jeito de dar notícia’. Talvez, mas acho que é também algo que se desenvolve ao longo de tanto tempo e que te torna mais experiente. Hoje eu tenho 45 anos, e chega uma fase da vida em que você sabe quem você é. Você sabe das suas possibilidades e dificuldades.

“Eu acho que o carisma é fruto de 23 anos de trabalho só de Globo”

Eu me coloco aqui nesse momento com muita humildade diante de tudo isso, diante das pessoas que sabem muito mais do que eu. Estou aqui feliz por estar aprendendo. Eu disse que estou encarando isso como uma pauta, e de fato é.

Quando entrevistamos um economista, aprendemos sobre economia. Quando entrevistamos uma bailarina, aprendemos sobre balé. Enfim, todos os assuntos. Eu agora estou aprendendo sobre música. Independente do resultado, que realmente é o que menos importa para mim, eu vou sair daqui sabendo mais, mais enriquecida.

O que você gosta de cantar?

Eu gosto de cantar música antiga. Você não vai me ver cantando uma música muito atual. Anitta, por exemplo, não faz parte do meu repertório. Eu tenho coisas mais antigas, mais flashbacks. É o que eu curto.

A sua tranquilidade nas apresentações foi bastante elogiada pelos participantes do programa. De onde ela vem?

Talvez porque eu já tenha essa experiência de falar, isso é natural para mim. Eu me mantive calma dentro do possível. Na hora da entrevista, da avaliação dos especialistas e da conversa com a Taís, eu me mantive extremamente calma.

“Quem me segue nas redes sociais sabe que eu sou brincalhona”

Na edição passada do Popstar, o jornalista esportivo Alex Escobar surpreendeu. Você acha que o público vai estranhar sua desenvoltura no palco pelo fato de já estar acostumado a te ver mais séria na TV?

O esporte já naturalmente mais leve. O pessoal de esporte dá 95% de notícias boas, ao contrário da gente que faz o dia a dia em geral. Acho que é uma surpresa boa você ver uma jornalista, que talvez você admire e que está acostumado a ver mais séria, se divertindo, descontraída. Quem me segue nas redes sociais sabe que eu sou brincalhona, que eu cozinho, que eu faço brincadeira.

Como é saber que o público tem tanto carinho por você?

É uma alegria muito grande. Eu só tenho a agradecer demais, porque estou todos os dias na televisão dando notícia ruim e, ainda assim, recebo o carinho do público. Claro que eu não dou só notícia ruim. Hoje em dia, infelizmente, é uma coisa muito penosa para a gente. Teve um dia que eu chorei no ar, não aguentei. É tudo tão duro e a gente vai se endurecendo.

“Receber esse carinho é motivo de muito orgulho para mim, juro”

Muitas das vezes, eu chego em casa e choro. Choro na hora que estou jantando, choro na hora que vou dormir, choro quando abraço as minhas filhas. Também temos medo. Eu sou cidadã como qualquer uma outra e tenho medo de sofrer violência. A gente se coloca no lugar do outro quando dá notícia de uma morte. E o fato de receber esse carinho é motivo de muito orgulho para mim, juro.  Acho que é uma carreira construída solidamente em cima de muita verdade e honestidade.

*Entrevista feita pelo jornalista André Romano.

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