Nesta semana, o SBT voltou a exibir edições inéditas e ao vivo do Programa do Ratinho. O programa de Carlos Massa vinha sendo reprisado desde o início do ano, num repeteco bastante aborrecido. Porém, mesmo com um interminável festival de “melhores momentos”, a audiência da atração manteve-se praticamente intacta. Isso porque a concorrência não soube aproveitar este momento de fragilidade para avançar.
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Afinal, sabe-se que o Programa do Ratinho incomoda a Record TV há anos. São poucos os programas da emissora que conseguem tirar a vice-liderança do SBT na faixa das 22 horas. Nem mesmo programas suntuosos, como o Dancing Brasil, ou o Canta Comigo, conseguiram destronar o apresentador. Porém, recentemente, a Record viu a situação melhorar, quando Troca de Esposas cresceu na audiência.
Ou seja, o fato de o Troca de Esposas ter lançado uma nova temporada num momento em que o Programa do Ratinho sobrevivia de reprises ajudou o reality show de Ticiane Pinheiro. E mostrou que a emissora, quando tem um bom produto em mãos, consegue chamar a atenção. Porém, o canal foi incapaz de traçar uma estratégia para avançar sobre o SBT neste momento em que a emissora de Silvio Santos vivia de reprises. Era a chance.
Falta de estratégia
O bom desempenho da nova temporada do Troca de Esposas o coloca como o mais bem-sucedido reality show da Record TV atualmente. Por isso, por que será que a direção da emissora não aproveitou este início de ano para lançar outros produtos de igual potencial?
Em vez disso, a Record também manteve-se na inércia, lançando programas tapa-buracos, como Aeroporto e Em Nome da Justiça. Atrações sem qualquer apelo diante de uma reprise do Programa do Ratinho. Se tivesse aproveitado este momento de fragilidade do SBT para lançar programas competitivos, a emissora teria uma boa vantagem na briga pela audiência. Faltou visão.
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