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O Clone retorna com a missão de fortalecer tardes da Globo

Com o anunciado fim de Malhação, caberá à reprise alavancar a grade noturna

Publicado em 04/10/2021

Mais do que elevar os números do horário, a volta de O Clone ao Vale a Pena Ver de Novo tem uma grande missão: liderar uma provável revolução na grade de programação das tardes da Globo. Com o anunciado fim de Malhação, caberá à novela de Gloria Perez, exibida originalmente em 2001, dar início a uma série de mudanças que deve acontecer na faixa.

A Globo anunciou que, após a reprise de Malhação: Sonhos, a atração sairá do ar, e que uma nova grade está sendo pensada para as tardes. Embora não haja nenhuma novidade confirmada, o que se pode ter certeza desde já é que o Vale a Pena Ver de Novo deve ser “colado” à novela das seis. Ou seja, caberá à reprise da vez entregar o horário para a grade noturna.

Como Malhação: Sonhos já está na reta final, O Clone se tornará a principal alavanca da programação da noite. Será de Jade (Giovanna Antonelli) e Lucas (Murilo Benício) a missão de impulsionar as novelas das seis, sete e nove. Por isso, é tão importante a escalação de uma reprise de impacto neste momento de mudanças na Globo.

Afinal, a partir de novembro, todos os horários de novelas da Globo passarão a exibir tramas inéditas. Um Lugar ao Sol e Quanto Mais Vida Melhor estão prontas para entrar no ar, e Nos Tempos do Imperador continua. Assim, um provável sucesso de O Clone deve beneficiar todo o horário nobre da emissora.

A novela

Com o desempenho mediano de Ti-ti-ti, a Globo preferiu apostar numa reprise de impacto no Vale a Pena Ver de Novo. E O Clone parece mesmo uma escolha acertada. A trama é um grande clássico da dramaturgia nacional, já teve reprises de sucesso, e segue, até hoje, no imaginário do espectador.

Além disso, ela é contemporânea de novelas que foram muito bem recebidas no Vale a Pena Ver de Novo recente, como Por Amor (1997) e Laços de Família (2000). Como as faixas do horário nobre estão sendo ocupadas por reprises de tramas mais recentes, cabe à tradicional faixa de reprises trazer uma trama mais antiga, e de apelo junto a audiência.

O Clone preenche os requisitos de um possível sucesso no horário. É um folhetim clássico, que agrada ao público da faixa. Além disso, conta com um texto inusitadamente engenhoso de Gloria Perez, que propõe um bom contraponto entre ciência e religião. A discussão ética entre Albieri (Juca de Oliveira) e Ali (Stenio Garcia) serve de pano de fundo à história de amor com tom épico de Jade e Lucas.

Com um elenco repleto de nomes conhecidos, personagens populares e bordões, O Clone é uma típica novela de seu tempo, que agrada o noveleiro tradicional. A emissora acertou na escolha neste momento em que busca uma transformação na programação.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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