talento escondido

Manter Sandra Annenberg no Globo Repórter é um grande desperdício

Enquanto há uma intensa cobertura da pandemia, a jornalista apenas apresenta reprises de reportagens

Publicado em 17/04/2020

A pandemia de coronavírus fez com que o jornalismo assumisse o protagonismo da programação da maioria dos canais abertos. Na Globo, é praticamente o único setor que não paralisou suas produções, além de ter seu espaço ampliado na grade. Sendo assim, é importante que o canal disponha dos seus melhores profissionais da área para tocar esta intensa cobertura. E, neste contexto, é incompreensível que Sandra Annenberg siga escondida nas noites de sexta, comandando reprises do Globo Repórter.

Na verdade, a escolha de Sandra para tocar o Globo Repórter com Gloria Maria, depois da aposentadoria de Sergio Chapelin, dividiu opiniões. Afinal, apenas tocar as cabeças das reportagens apresentadas na atração parece pouco para ela. Sandra, com extensa carreira na TV, criou um vínculo muito forte com o público quando comandou o Jornal Hoje. Ali, sua espontaneidade e seu jeito de aproximar o público no trato das notícias sempre funcionou muito bem.

Mas, no Globo Repórter, não há espaço para isso. Sandra apenas apresenta cabeças, que são curtas e bastante engessadas. Além disso, neste momento de mobilização para cobrir o avanço da covid-19 no mundo, o semanal também paralisou sua produção. Atualmente, a Globo leva ao ar reprises de reportagens nas noites de sexta. Ou seja, Sandra Annenberg, neste momento, apenas lê textos para apresentar matérias requentadas. Faz sentido?

Mais espaço

O nome de Sandra Annenberg sempre emprestou muita credibilidade às grandes coberturas da Globo. Ou seja, é um nome que não deveria estar longe do hard news neste momento. Com o amplo espaço do jornalismo na atual grade da emissora, seria até natural a âncora participar ativamente da cobertura, sendo entrando nos telejornais, ou colaborando com os boletins noticiosos.

Além disso, a emissora devia rever os planos para ela quando a grade voltar à normalidade. Sem o Como Será?, mantê-la apenas no Globo Repórter seguirá como um desperdício. O canal poderia considerar duas possibilidades: ou mudar o formato de apresentação do Globo Repórter, para adaptá-lo à apresentadora; ou pensar num novo projeto para que ela possa ser mais bem aproveitada.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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