Fantástico matinal

Mais tempo, troca de apresentadores e jornalismo: É de Casa vive grande mutação

A atração ganhou tempo, reforços e se tornou uma revista eletrônica completa

Publicado em 06/06/2020

A pandemia do novo coronavírus mexeu com a programação da televisão. Além de obrigar os canais a repensarem programas e adotarem soluções criativas para manterem seus produtos no ar, a necessidade de isolamento social também serviu como ponto de partida para mudanças necessárias, que devem permanecer mesmo após o relaxamento. Neste contexto está o É de Casa, programa das manhãs de sábado da Globo que está em plena transformação.

Desde o início da pandemia, É de Casa ficou maior. A atração ganhou mais de duas horas de tempo no ar, somando cinco horas ao vivo, para abrigar a cobertura do avanço da covid-19. Com isso, o programa ganhou uma participação ainda maior do jornalismo, além de apostar mais em entrevistas por videoconferência. O Bem Estar também ganhou mais tempo e relevância neste contexto, turbinando o potencial informativo da atração. É de Casa abriu mão das dicas domésticas prosaicas e irrelevantes para apostar em informação útil, tornando-se uma revista eletrônica mais completa.

Além disso, É de Casa também vem “adotando” atrações de outros programas de entretenimento da Globo que foram suspensos. Tati Machado, do GShow, figura do Se Joga, já está completamente à vontade no semanal, com um quadro que ganha novidades a cada edição. Fernanda Gentil, do mesmo Se Joga, também vem batendo cartão no matinal, estreando na semana passada o quadro Mundo Gentil. Ou seja, não estranhem se o Se Joga sumir de vez da grade, e seus remanescentes serem acolhidos em definitivo pelo É de Casa.

O programa também tem contado com colaboradores do Mais Você, como os repórteres Cauê Fabiano e Duda Esteves. Eles se juntam aos colaboradores já habituais do É de Casa, como Maria Cândida e Manoel Soares. Ou seja, há um time grande e cada vez mais fortalecido.

Apresentadores

Outra novidade do É de Casa foi uma recente baixa. Zeca Camargo, que fazia parte do time do matinal desde a estreia, foi dispensado pela Globo recentemente. Assim, o programa, que estreou com seis apresentadores à frente, agora mantém quatro: Patrícia Poeta, André Marques, Ana Furtado e Cissa Guimarães. Cissa, aliás, vem aparecendo de sua casa, já que faz parte do grupo de risco da covid-19, e sua aparição também virou um quadro, Em Casa com a Gentemmm, no qual ela faz entrevistas com cantores. Uma solução criativa para manter Cissa no ar, e seguir com as atrações musicais da atração.

Em suma: É de Casa agregou valores, conteúdo e tempo de arte. Agora, tem um número de apresentadores que condiz com sua nova duração. Com a aposta no jornalismo, em entradas ao vivo e quadros variados, a atração vai se tornando algo como um “Fantástico matinal”, onde cabe de tudo. Trata-se de uma transformação para melhor. A Globo já tinha a intenção de modificar sua manhã de sábado com o fim do Como Será?. Esta versão estendida do É de Casa parece uma boa opção.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.

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