Sempre quando o assunto é A Força do Querer, logo a novela é elogiada pela abordagem trans envolvendo o incômodo de Ivana (Carol Duarte) com seu corpo.
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Como dito inclusive nesta coluna, Glória Perez acertou ao dar ares de Sessão de Terapia, famosa série do GNT, ao mostrar os diálogos da jovem com sua psicóloga.
Cenas com ares de Sessão de Terapia aproximam Ivana do público em A Força do Querer
Porém, os acertos da novelista vão além de Ivana. Com Silvana, Lilia Cabral mais uma vez evidencia todo o seu potencial, mesmo com um papel que está longe de ser o protagonista.
Na produção, a veterana surge como uma mulher que acredita estar “espairecendo” com jogos de azar, mas não faz ideia do rolo em que se meteu, mesmo ao cada vez mais envolver novas pessoas em seus trambiques, chegando ao ponto de roubar o próprio marido.
Para ajudar a fazer o público entender que não apenas pessoas ricas fazem esse tipo de coisa, Glória soube dosar o lado humano de Silvana – para não parecer uma perua gastadeira, e sim alguém que sofre com o vício -, com preocupações envolvendo Cibele (Bruna Linsmeyer) por exemplo, em meio a situações bem-humoradas com a empregada desesperada com os dramas da patroa e Eurico, o marido controlador e machista.
Entre um problema e outro, Silvana vai se afundando em dívidas e sua filha e a doméstica fazem questão de alertá-la. A dor na consciência dura pouco, já que ela “precisa” dessa válvula de escape.
Em resumo, tanto Glória quanto a “grife” – como Manoel Carlos chama Lilia – estão de parabéns pela forma como Silvana está sendo desenvolvida. Gera curiosidade para saber o que vem por aí, e este é o segredo de um bom folhetim.
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