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Mar do Sertão: Felipe Velozo estreia em novela da Globo com “bênção” de Ivete Sangalo: “Vai brocar”

À coluna, ator baiano antecipa trama das seis e fala da amizade com nova dona dos domingos da emissora

Publicado em 24/07/2022

Amigos, conterrâneos e, agora, colegas de trabalho. A estreia de Pipoca da Ivete, no programa de auditório de Ivete Sangalo na Globo, neste domingo (24), inspira outro artista baiano que conta os dias para sua primeira novela das seis. Felipe Velozo, ator com destaque no cinema e no streaming, recebeu a “bênção” de Veveta para interpretar Tomás em Mar do Sertão, substituta de Além da Ilusão, no ar a partir de 22 de agosto.

Velozo conhece Ivete literalmente de outros carnavais. Além de atuar, trabalhou como repórter e apresentador nas principais emissoras baianas e já ancorou as transmissões do Band Folia, onde havia encontrado a cantora pela última vez antes da pandemia. Em junho, foi convidado para comandar o show da amiga dentro de um shopping em Salvador e, enfim, pôde comunicar que agora ambos ostentam o crachá da mesma empresa. O ator de 35 anos publicou o vídeo com Ivete em sua rede social, mas sem o áudio. À coluna, com exclusividade, ele revela o papo com a estrela baiana.

“Entrei no camarim de Ivete e ela: ‘Como você está? Está diferente!’. ‘É porque agora eu sou pai, Ivete!’. Ela: ‘Meu Deus!’. Mostrei fotos da Helena, ela tem uma filha de mesmo nome. A última vez que nos vimos foi em 2019, no Band Folia. Muita coisa mudou na minha vida e na dela. Mudei até fisicamente. Falei: ‘Estamos na mesma firma agora!’. Cortei o áudio porque a conversa era muito íntima, mas ela falou assim: ‘Você vai brocar!’. É uma expressão muito nossa. ‘Ah, você vai brocar! Va brocar, porque você faz bem tudo que faz!’. Falei a ela sobre a novela, ela ficou feliz. Faz parte do combo de grandes bênçãos da minha vida”, comemora Felipe Velozo.

Felipe Velozo terá papel de destaque em Mar do Sertão

Religioso, atribui à fé cristã as bênçãos de sua vida pessoal, como o nascimento da primeira filha (Helena, atualmente com 1 ano) e nos 13 anos de carreira. Entre seus principais trabalhos, estão a série Irmãos Freitas, sobre o ídolo baiano do boxe Acelino Popó Freitas, e o filme Marighella, dirigido pelo conterrâneo Wagner Moura, além de produções já gravadas que serão lançadas em breve no streaming (Eleita, da Amazon Prime Video, e A Névoa, da HBO).

Em Mar do Sertão, assinada por Mario Teixeira com direção artística de Allan Fiterman, Felipe Velozo interpreta Tomás Carvalhal, gerente do banco central da cidade fictícia de Canta Pedra. Embora já tenha atuado na Globo na minissérie Dois Irmãos e na novela Velho Chico, ele considera a novela das seis sua estreia na emissora, com um papel importante que irá atrair a atenção de poderosos e da mulherada.

“Recebi o convite do autor e do diretor da novela, acredito que pelo fruto do trabalho feito para o streaming. Ano passado filmei três séries e estreei três filmes. TV aberta é maravilhosa, é incrível a proporção do alcance, levar sua arte e seu ofício para milhões, e a novela tem algo especial que faz parte da rotina do brasileiro. As pessoas têm o hábito de consumi-la. Tomás tem relevância porque boa parte das tramas vão passar por lá e por ele. Ele é um cara que conquistou seu espaço com trabalho sério e tem como objetivo ajudar as pessoas. Esse tipo de brasileiro, popular, com o coração bom, honesto, me interessa muito. Estou feliz da vida de fazer parte desse projeto, acho que vai ser muito bem recebido”, antecipa.

Colega em Família Paraíso, Leandro Hassum ajudou Felipe Velozo

Antes de “brocar” em Mar do Sertão, como “abençoou” Ivete Sangalo, Felipe Velozo mudou o visual e platinou o cabelo para viver Neto, jogador de futebol no humorístico Família Paraíso, do Multishow. O trabalho marcou seu reencontro com Leandro Hassum, que o ajudou no início da carreira.

“A primeira vez que entrei nos Estúdios Globo foi há 11 anos, a convite do Leandro Hassum, sem nunca ter me visto! Uma amiga em comum comentou que um ator baiano de teatro queria conhecer o ambiente de TV. Na época, ele fazia Os Caras de Pau. Quando acabamos a temporada de Família Paraíso, ele dedicou uma peça para mim. Deus preparou esse caminho para agora trabalharmos juntos e eu aprender com esse gênio”, celebra.

Galã no Multishow e na Globo, Velozo ainda tenta se acostumar ao rótulo e parabeniza Priscila Menezes, sua mulher há 12 anos. Ele reconhece sua importância como homem negro e nordestino para inspirar e empoderar jovens que cresceram sem referências na televisão.

“Conheço minha mulher há 21 anos. Ela foi minha colega de colégio na oitava série. Era minha melhor amiga. Começamos a namorar no terceiro ano. Ela fez faculdade em outro estado e eu fiz direito aqui, nos separamos e voltamos. Ela foi uma visionária. Se apostasse na loteria, não ganharia o que ganhou comigo. Eu não sou nenhum Cauã Reymond, mas o tempo foi uma mãe comigo, porque era um negócio mal-assombrado, você está doido! Eu só pensava em jogar bola, tinha o joelho ralado, óculos fundo de garrafa, usava aparelho, cabelo ‘desgrenhado’, não gostava de me arrumar direito. Fico muito feliz que eu, como um ator, um menino da Ladeira do Capoteiro, jovem, negro, soteropolitano, baiano, nordestino, ocupando esses lugares é muito motivador. Lembro que a primeira vez que vi minha foto em um outdoor eu me emocionei. Um menino vai passar e ver: ‘Dá para mim também’. Confesso que não entendia a dinâmica e a potência da representatividade. Hoje, quando sou chamado para seminários e palestras para falar principalmente para estudantes de teatro, falam que me têm como referência de beleza. A gente está tão no ‘corre’ que não percebe o entorno. Ao longo desses 13 anos de carreira, vi que ocupar esses lugares é importante”, analisa.

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