Você passou pela “crise dos 30”? Ou ainda nem chegou lá? Independentemente da sua idade, um novo podcast, lançado nesta quinta-feira (3), desvenda os perrengues e as maravilhas dos 30 e poucos anos. Balzacs é comandado pela jornalista Kallyna Sabino e a produtora de conteúdo Luna Chiappero.
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Em entrevista à coluna, Kallyna Sabino conta que aproveitou seu afastamento temporário da rádio Jovem Pan durante as eleições para tirar do papel seu primeiro projeto autoral. Aos 34 anos, ela sentia necessidade de criar algo com a sua cara e, ao lado da amiga, decidiu transformar as conversas sobre a “crise dos 30” em um programa. O primeiro episódio, com a atriz Dani Moreno, já está disponível no Spotify e no YouTube. Assista abaixo:
“Sempre tivemos vontade de trabalhar juntas, fazer um projeto diferente. Luna trabalha com criação de conteúdo digital, mas é muito boa comunicadora. É articulada, desenvolta, fala bem, tem ideias legais. Eu, como jornalista, sempre via esse potencial nela. Tinha chamado a Luna para participar de um programa na Jovem Pan, um projeto que estou tocando e não tem homens, mas não foi para a frente por causa das eleições. Mas falamos: ‘Não vamos esfriar entre nós duas. Vamos criar um podcast nosso?’. Luna que teve a ideia de ‘balzaquiana’, a gente vive falando dos nossos 30 anos. E eu: ‘Vamos criar o Balzacs!'”, recorda Kallyna Sabino.
“Balzacs” faz referência ao escritor francês Honoré de Balzac (1799-1850), autor de A Mulher de Trinta Anos. “Balzaquiana”, por consequência, virou apelido para a mulher que chega a esta idade. E como elas se veem na atualidade? Kallyna Sabino considera ter realizado a maioria dos seus desejos profissionais, como concluir a faculdade e apresentar um telejornal, este alcançado no SBT. Ela, porém, quer mais.
No Balzacs, Kallyna e Luna dividem a entrevista em duas partes. A primeira segue o rito de um podcast tradicional, mas é a segunda que rende as melhores declarações. Em um sofazinho, os convidados e as apresentadores ficam à vontade e, sem pudores, fazem revelações sobre a intimidade. Quem só conhece a jornalista pela seriedade irá se surpreender com o que ela chama de “lado ogra”.
“É um bloco mais intimista, com quadros mais audaciosos. Falamos mais sobre sexo, relacionamento, experiências que nós tivemos. Agora estou solteira, falo dos ‘crushes’. Acredito que vai impressionar muitas pessoas, vai aproximar muitas e afastar outras, porque tem gente que deve achar que sou uma princesinha da Disney, quando na verdade eu sou uma ogra! Eu não sou a Cinderela ou a Branca de Neve. Eu sou a Fiona!”, brinca, citando a mulher de Shrek.
Embora seja um programa voltado a mulheres, as duas amigas também querem atingir homens e a comunidade LGBTQIA+. Afinal, todos passaram ou passarão pela “crise dos 30”. Contudo, elas ensinam que não é preciso temer a idade, mas pode-se aproveitá-la a cada momento.
“Falamos muito sobre saúde mental, porque depois dos 30 se você não tiver tido nenhum surtinho, nenhum transtorno psiquiátrico, se dê agradecido, privilegiado por Deus, porque, olha, é complicado. Falamos muito sobre saúde física, metabolismo, relógio biológico, carreira, família, filhos. Por exemplo, quero ser mãe, mas de pet. Fui ao ginecologista buscar um método contraceptivo, quis colocar um DIU, e ele me recomendou congelar óvulos. Me respeita! Há os prós e os contras dos 30. A gente se empodera mais, se sente dono de si. Minha intenção futura é não ser mais empregada de ninguém, mas ter o meu negócio e poder empregar pessoas. Demos um primeiro passo de neném, mas demos”, analisa Kallyna Sabino.
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