Análise

Galvão Bueno supera trauma do “cala boca” e vive auge da carreira em Tóquio

Narrador entrega emoção à flor da pele e curte sua oitava Olimpíada na Globo como se fosse a primeira

Publicado em 07/08/2021

Em 2010, Galvão Bueno sofreu um de seus piores golpes em sua vitoriosa trajetória na Globo. Em plena Copa do Mundo, o “vendedor de emoções” (como costuma definir sua profissão) viu o público mandá-lo calar a boca. Uma década depois, o narrador mostra ter superado este episódio traumático e vive o auge da carreira nos Jogos Olímpicos de Tóquio.

Todas as vozes que transmitiram as competições no Japão merecem elogios, porém eles próprios deverão concordar que ninguém entregou mais emoção do que Galvão. Do futebol à ginástica, o principal narrador esportivo da TV brasileira arrepiou o público até quando não havia brasileiros na disputa, como foi na vitória do italiano Marcell Jacobs nos 100 metros rasos do atletismo.

A gravação dos bastidores das transmissões pode ter tirado a privacidade dos narradores, porém foi um presente da Globo ao público, que finalmente pôde ver Galvão em ação e comprovar que vender emoções é uma tarefa árdua. “É publicável?”, questionou o narrador ao saber que suas reações na final de Rebeca Andrade na ginástica foram registradas.

Rebeca ainda foi brindada com uma narração digna de final de Copa do Mundo quando conquistou a medalha de ouro no salto. Galvão gritou tantos “erres” do nome da ginasta quanto “RRRRonaldo”, “RRRRomário” e “RRRRivaldo”!

Galvão mostrou ser diferenciado fora das competições. Por exemplo, quando falou com voz de bebê para Bento, filho da jogadora e comentarista Cristiane, que havia sujado o uniforme da mãe de vômito.

A foto abaixo prova que Galvão está curtindo a Olimpíada como se fosse a primeira da carreira (na Globo, é a oitava edição da qual participa, além de uma no SporTV, em 2012). Ao ver o ringue virtual no cenário, não pensou duas vezes e decidiu posar como um pugilista adversário de Popó, comentarista e tetracampeão mundial de boxe. Quem viu este momento de madrugada pensou estar sonhando!

O “Cala Boca Galvão” começou no Twitter, estampou faixas no Mundial da África do Sul, virou reportagem no jornal The New York Times e repercutiu até na Globo, na interação do narrador com Tiago Leifert. Desta vez, o público pede: fale mais, Galvão! Nestes Jogos Olímpicos, ele não é apenas um “vendedor de emoções”. Galvão é A emoção!

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