Estreia

Para o autor Walcyr Carrasco, Terra e Paixão é “uma novela clássica, que mostra a força do amor e a superação”

História ocupa a faixa das 21h da TV Globo a partir desta segunda-feira (8), em substituição a Travessia

Publicado em 08/05/2023

Depois da bastante criticada Travessia, de Glória Perez, o horário das 21h da TV Globo passa a apresentar uma nova criação de Walcyr Carrasco, Terra e Paixão, que chega cercada de grande expectativa. Expectativa esta que deve ser atendida no que depender da definição que o novelista, autor de sucessos como O Cravo e a Rosa (2000-2001), Alma Gêmea (2005-2006) e Amor à Vida (2013-2014), faz de sua história: “É uma novela clássica, que mostra a força do amor e a superação”.

Em entrevista divulgada pela Comunicação da TV Globo por ocasião do lançamento da novela, Walcyr explica por que escolheu o “mundo agro” para ambientar Terra e Paixão e fala de alguns dos temas que escolheu tratar na empreitada nova. Confira abaixo:

Como você define Terra e Paixão?
WALCYR CARRASCO –
É uma novela clássica, que mostra a força do amor e a superação. Com uma trama que se apresenta através de um grande drama amoroso e uma luta por herança, dentro de um ambiente agrícola, rural, uma parte do País ainda desconhecida por muitos, de uma maneira que não estamos acostumados a ver em novelas.

Qual foi sua principal inspiração para começar a escrever essa história?
WC –
Nasci no interior de São Paulo, em Bernardino de Campos, e fui criado em Marília, meus avós vieram da Espanha para trabalhar no campo. A agricultura me fascina e descobrir o nível de tecnologia a que se chegou nos dias atuais foi surpreendente. Meu tio foi missionário em Dourados (Mato Grosso do Sul), quando eu era criança, e lembro que fui visitá-lo com a minha mãe. Foi uma viagem inesquecível, que me marcou muito, onde conheci a famosa terra roxa, ou como também se diz, terra vermelha, uma terra muito fértil. Isso ficou em minha memória.

Com isso, voltei ao Mato Grosso do Sul duas vezes, realmente fiquei fascinado pela tecnologia implantada na agricultura nos dias atuais. Subi em uma colheitadeira, que, só para chegar na cabine, tinha dois lances de escada ao entrar. Descobri um computador que monitorava todo o mecanismo da máquina, e seus resultados. Foi uma experiência única, que me impactou. Um Brasil que eu pouco conhecia e imaginei que seria um bom cenário para a trama dos personagens. Um país que, assim como eu, muitas pessoas não conhecem, porque poucas vezes foi mostrado dessa maneira na televisão.

Terra e Paixão vai trazer vários temas além dos contidos na história central. Delicados, como a trama da Petra (Debora Ozório), viciada em remédios de tarja preta, até os relacionamentos em sites e aplicativos de conteúdo adulto. Por que tratar esses temas na novela?
WC –
Acho que é papel da novela trazer temas que são sensíveis e comuns a todos nós. Vejo conversas sobre drogas proibidas por lei, mas muito pouco das que são dadas com receita médica e que provocam vício também. A personagem da Debora mostra exatamente essa situação, é importante lembrar que todo agente químico tem reações e por mais que a princípio seja legalizado, pode viciar. Um drama muito real e atual. Já a Anely (Tata Werneck), eu conheci pessoas que ganham a vida através de sites eróticos, mostrando o corpo. É algo extremamente atual, uma discussão curiosa. Tata saberá fazer esse personagem com maestria, humor e, ao mesmo tempo, a seriedade que também precisa.

A violência doméstica será abordada na trama de Lucinda (Débora Falabella) e Andrade (Ângelo Antônio). Em outras obras suas, como O Outro Lado do Paraíso (2017-2018), esse tema também esteve presente. Acredita na força da novela para ajudar pessoas que passam pelo mesmo problema?
WC –
Infelizmente a violência doméstica é um tema sempre presente na nossa sociedade, muitas mulheres sofrem agressões dentro de casa. É uma forma de defender a mulher, de dizer que há alternativas, que essa dor pode ter cura.

Como foi o processo de escalação do elenco?
WC –
Participei de todo o processo de escalação do elenco, mas alguns atores já estavam na minha cabeça quando comecei a escrever a novela.

Como está sendo a parceria com o diretor artístico Luiz Henrique Rios, com quem está trabalhando pela primeira vez?
WC –
Luiz Henrique não é só um diretor maravilhoso, mas se tornou um amigo. Dividimos todos os assuntos, é um prazer trabalhar com ele.

Suas novelas são marcadas como grandes sucessos. A que credita o êxito das histórias?
WC –
Eu vivo intensamente cada personagem, choro e rio quando escrevo. Se minhas emoções são autênticas, acredito que o público saberá compartilhá-las. Sobre Terra e Paixão ser um novo sucesso, a gente nunca sabe antes de estrear, mas prometo fazer o melhor. Sempre sinto um frio na barriga antes das estreias, ainda mais agora com um projeto tão importante, que mostrará aspectos lindos, mas também dramáticos da sociedade brasileira.

Qual mensagem pretende transmitir para o público?
WC –
A força do amor e a superação.

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