Antigas

Nada de Maria do Bairro ou A Usurpadora: oito novelas do SBT que poderiam ser reprisadas

Sugestões para fugir das óbvias como Teresa ou das que poderiam esperar um pouco mais, como As Aventuras de Poliana

Publicado em 26/05/2024

Nos últimos tempos as novelas do SBT têm sido cinco, três à tarde e duas na faixa nobre noturna. Dessas, três produções são reprises.

Apenas a mexicana Contigo Sim e a nacional A Infância de Romeu e Julieta são inéditas. Um repeteco no ar é o de Teresa, que já foi exibida algumas vezes, enquanto seguramente o de As Aventuras de Poliana, inclusive pela longa duração e a existência de uma sequência, Poliana Moça – as duas juntas perfazem quase 900 capítulos -, poderia esperar um pouco mais para dar de novo as caras na telinha.

Relembre oito novelas do SBT que poderiam ser reprisadas, entre brasileiras e mexicanas. A saber, Éramos Seis, sempre citada entre as melhores novelas da emissora e muito pedida para reprise, fica de fora. Afinal, ela já é hors concours nesse sentido, além do que um repeteco está impedido devido ao pertencimento dos direitos sobre a história à TV Globo atualmente.

Entre as nacionais, algumas novelas do SBT que merecem reprise

Corações Feridos

Em 2012, a emissora levou ao ar esta adaptação (produzida em 2010) de Íris Abravanel para um original de Caridad Bravo Adams que o público brasileiro já havia podido acompanhar em versões da TV Tupi – Calúnia (1966), com Sérgio Cardoso, Fernanda Montenegro e Geórgia Gomide – e no próprio SBT – A Mentira (2000), com Guy Ecker, Kate Del Castillo e Karla Alvarez.

Eduardo (Flávio Tolezani) se envolve com Amanda (Patrícia Barros) por acreditar que ela é a responsável pela morte de seu irmão, Rodrigo (Paulo Zulu). Ele é induzido a esse erro pela verdadeira culpada, Aline (Cynthia Falabella), prima de Amanda.

Razão de Viver

Meus Filhos, Minha Vida, produzida pela casa entre 1984 e 1985, foi refeita em 1996 com o título Razão de Viver. A protagonista da história de Ismael Fernandes era Luzia (Irene Ravache).

Viúva, ela era a mãe abnegada de André (Marco Ricca), Pedro (Petrônio Gontijo) e Mário (Gabriel Braga Nunes). Os dramas dos filhos envolvem a mãe. De tal forma que isso lhe proporciona preconceitos, sofrimentos e humilhações.

Joana Fomm interpretou uma de suas megeras, Yara, e elenco era cheio de nomes que hoje estão na Globo ou na Record. Entre os quais Adriana Esteves, Raul Gazolla, Cássio Scapin, Bel Kutner, Vera Zimmermann, Fernanda Souza e Ju Colombo, a Quintilha de Mar do Sertão (2022-2023) e No Rancho Fundo. Tinha também as hoje sumidas Ana Paula Arósio e Cláudia Liz.

Amor e Ódio

Após iniciar um ciclo de adaptações de originais estrangeiros com elenco brasileiro, em 2001, Amor e Ódio foi a segunda história produzida, logo depois de Pícara Sonhadora.

Devido a uma grande desilusão amorosa, Regina (Suzy Rêgo) se isola numa fazenda. Seu noivo Maurício (Edson Fieschi) a traía com a prima dela, Laura (Viétia Zangrandi), inegavelmente invejosa e mau-caráter. Regina torna-se seca e fria, mas o rude machão Zé Maria (Daniel Boaventura) a faz reencontrar o amor.

Os Ossos do Barão

O SBT exibiu em 1997 essa nova versão da obra de Jorge Andrade, então reunindo elementos de duas histórias suas para a TV, em adaptação de Walter George Durst escrita com Duca Rachid, Marcos Lazarini e Mário Teixeira. Os dois últimos atualmente trabalham juntos de novo em No Rancho Fundo.

O desejo do imigrante italiano Egisto (Juca de Oliveira) de possuir um título de nobreza, de um lado. Do outro, as intrigas da família Penteado, trazidas de Ninho da Serpente, novela da Bandeirantes de 1982. Aqui o clã era liderado pelo perverso Cândido (Rubens de Falco).

O romance de Martino (Tarcísio Filho) e Isabel (Ana Paula Arósio) passou à vida real. Merece destaque o sensível trabalho dos veteranos Leonardo Villar e Cleyde Yaconis como Antenor e Melica.

Não só eles, como também Jussara Freire, Laerte Morrone e Othon Bastos. Além disso, destaca-se a direção de Nilton Travesso, Antonio Abujamra, Henrique Martins e Luiz Armando Queiroz.

Novelas do SBT feitas no México que vale a pena rever

Laços de Amor

Maria Paula, Maria Guadalupe e Maria Fernanda são trigêmeas cujas vidas são marcadas por uma tragédia familiar. Adultas, suas personalidades distintas provocam novos e grandes conflitos.

A novela foi apresentada pelo SBT em 2006. Sobretudo, valeria a pena arriscar nela de novo para aproveitar o sucesso da protagonista Lucero. A atriz viveu a mãe da pequena Dulce Maria (Lorena Queiroz) em Carinha de Anjo, atualmente em reprise. Mas o canal apostou em Três Vezes Ana, outra versão do mesmo enredo, o que segue renegando Laços de Amor aos arquivos, ao menos no Brasil.

Sigo te Amando

A família de Dona Paula (Carmen Montejo) está à beira da falência e pode perder tudo. A menos que sua neta Luiza (Claudia Ramirez) se case com o cruel Inácio Aguirre (Sergio Goyri) como pagamento de uma dívida. Mas Luiza ama na verdade Luis Angel (Luis José Santander).

A história se passa no interior, num povoado de nome Arroio Negro. Foi ao ar em 2000 no Brasil e seu tema de abertura era interpretado pela Família Lima. Uma versão posterior foi levada ao ar pelo SBT em 2019: A Que Não Podia Amar.

Camila

Remake de um sucesso conhecido no Brasil, Viviana – Em Busca do Amor. Por certo isso contou na escolha de Silvio Santos. Essa novela do SBT era protagonizada por um casal na vida real. Bibi Gaytán e Eduardo Capetillo eram os astros da história.

Camila é uma jovem camponesa que sofre muito para ser feliz com Miguel. Este é advogado e acaba se casando com a filha do chefe, Mônica (Adamarí López). No entanto, sua verdadeira paixão é Camila, embora a tenha desprezado. Por isso, o sofrimento de todos é inevitável, até o final feliz.

O SBT a exibiu por aqui em 2001, e só nesta ocasião. Sobretudo, a beleza e o talento de Bibi valem a pena. Se acaso fosse promovida, uma nova exibição eventualmente apresentaria bons números de audiência. No entanto, a chance agora parece ser ainda menor, já que a emissora apostou num remake da mesma história: Contigo Sim.

Amor Real

Esta história teve uma produção esmerada e é incomum nas novelas do SBT: mexicana, mas de época. A fim de manter os padrões de vida de sua família, a jovem Matilde (Adela Noriega) se casa com o rico Manuel (Fernando Colunga). Porém, seu amado é Adolfo (Mauricio Islas), e ela só cede por causa da mãe, Augusta (Helena Rojo). Só que Matilde se descobre depois apaixonada pelo marido inicialmente indesejado. Só para ilustrar, as atrizes repetiram aqui o mesmo parentesco que tiveram em O Privilégio de Amar. Pois Helena aqui era novamente mãe de Adela.