Nova versão

Pantanal: saiba onde foi gravada a nova versão da novela de Benedito Ruy Barbosa

Seis fazendas e cerca de 150 pessoas foram envolvidas nas gravações da história, que não terá cidade cenográfica

Publicado em 16/02/2022

Com estreia prevista para março, na faixa das 21h da TV Globo, a nova versão de Pantanal tem criado muita expectativa tanto em quem viu a versão original da história, produzida pela TV Manchete em 1990, quanto nos mais jovens, que apenas ouviram falar de seu grande sucesso.

Intérprete do violeiro Trindade na primeira versão, Almir Sater está de volta na segunda, no papel de Eugênio, condutor da chalana, importante meio de transporte dos pantaneiros. O papel de Trindade cabe agora ao filho de Almir, Gabriel Sater.

Para Alexandre Gomes de Souza, cenógrafo, as fazendas que conheceram na ocasião reuniam o pacote de cenários que precisavam para representar da melhor maneira as cenas da novela.

“Quando viajamos ao Pantanal para a escolha das locações, não sabíamos exatamente o que esperar. Sabíamos, é claro, da exuberância e da riqueza da região e era o que buscávamos. Ao chegarmos, visitamos algumas fazendas e conhecemos toda aquela região da Nhecolândia. Ao nos depararmos com tudo aquilo, não havia dúvidas de que encontramos o local ideal, que não por coincidência foi o mesmo local onde as gravações da novela escrita por Benedito e dirigida por Jayme Monjardim aconteceram há mais de 30 anos. É um dos lugares mais bonitos do Pantanal e, com o empenho de toda a equipe, da produção e da direção, conseguimos viabilizar as gravações novamente agora, para esta nova versão. Foram seis fazendas que deram suporte direto para as gravações, sendo três delas usadas como locação, contendo rio, casa, árvores, descampado, baías e tudo mais que era fundamental para as nossas cenas”.

Diante de tantas possibilidades no Pantanal, a equipe optou por não construir cidade cenográfica no Rio de Janeiro. “Com a diversidade de paisagens que tínhamos no Pantanal, não fazia sentido termos uma cidade cenográfica para representar o local no Rio de Janeiro. Por isso, optamos por construir nos Estúdios Globo os cenários fixos, como o interior da casa de José Leôncio, a tapera da família Marruá e o galpão dos peões, e outras áreas internas”, finaliza Alexandre.

O local escolhido fica a cerca de quatro horas da cidade mais próxima, Aquidauana (MS). Ao redor, somente fazendas e natureza selvagem. As seis fazendas dão suporte diretamente à produção, seja para hospedagem, para gravação ou almoxarifado, e algumas outras dão suporte indireto. Além de bastante espaço e pessoas, é preciso uma logística bem detalhada e organizada para dar conta do recado.

“Foram 12 caminhões para contemplar todo o material de produção, produção de arte, cenografia, figurino, caracterização e tecnologia. Normalmente esses caminhões suportam 12 toneladas. Os veículos estavam bem cheios, então estimamos que tenha sido cerca de 144 toneladas de material. Tivemos que fazer o transbordo para caminhões 4X4 para levar para dentro do Pantanal. Para cada caminhão baú, usávamos em média três ou quatro caminhões 4X4”, explica a gerente de produção Luciana Monteiro.

Entre funcionários das fazendas, transporte, equipe e elenco, cerca de 150 pessoas estiveram envolvidas diretamente com as gravações no Pantanal no segundo semestre de 2021. Toda essa movimentação foi necessária para gravar “apenas” de 30 a 40% da obra.

“Nos primeiros quatro blocos temos 40% das cenas aqui. Depois disso, passa a ser somente 20% de Pantanal. Ainda assim, pela logística e produtividade, a maior parte dos meses de gravação é no Pantanal. No Rio de Janeiro temos uma produtividade muito maior e conseguimos diminuir o tempo. São muitos os imprevistos. Estive no Pantanal três vezes antes de começarmos a gravar. Muita coisa a gente previu, sabíamos que seria difícil, por exemplo, questão de combustível, ter que comprar e estocar para atender gerador, barco etc. Sabíamos que não seria simples trazer os equipamentos e as pessoas, o transbordo de tudo que vem do Rio em caminhão baú, tudo isso foi previsto. Ainda assim vira e mexe somos pegos de surpresa com algo”, comenta Luciana.

Intérprete de Tadeu na versão de 1990, Marcos Palmeira retorna agora como José Leôncio, o protagonista, na fase madura. O papel é de Drico Alves na adolescência e de Renato Góes na fase jovem. Alanis Guillen, Jesuíta Barbosa, Dira Paes, José Loreto, Selma Egrei, Karine Teles, Camila Morgado, Leopoldo Pacheco e Juliana Paes também estão no elenco.

A versão 2022 de Pantanal tem texto de Bruno Luperi, neto de Benedito, com supervisão do novelista veterano. A direção artística é de Rogério Gomes, direção de Walter Carvalho, Davi Alves, Beta Richard e Noa Bressane. A produção é de Luciana Monteiro e Andrea Kelly, e a direção de gênero é de José Luiz Villamarim.

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