Não era trans? Buba da Renascer de 1993 tinha história diferente, mas também cheia de preconceito. Na versão original, Buba foi vivida por Maria Luísa Mendonça. Já no remake de 2024, quem dá vida à personagem será Gabriela Medeiros, atriz trans novata na TV.
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Forte e necessária, a personagem Buba causa polêmica por trazer à tona uma condição sexual rara e pouco difundida na mídia. Ela é hermafrodita na versão original de 31 anos atrás. Agora, no remake, Buba é trans e não aborda essa questão genética.
Em Renascer de 31 anos atrás, Buba começa a namorar José Venâncio sem revelar que é hermafrodita. Quando descobre, o filho de José Inocêncio não aceita e decide reatar com sua ex, Eliana. Contudo, ele já estará apaixonado e não conseguirá ficar longe da moça.
Buba corresponde ao sentimento de José Venâncio e se dispõe a realizar o maior sonho dele – ter um filho – algo que Eliana não quer. Por ser hermafrodita, porém, a personagem precisa adotar uma criança. Para isso, negocia uma barriga de aluguel com uma menina de rua, que na versão original foi vivida por Paloma Duarte.
Vale dizer que José Venâncio morre numa tocaia planejada para matar seu pai. Sem o amado, Buba acaba se envolvendo com o irmão dele, José Augusto, assim como está ocorrendo no remake.
No fim das contas, Augusto e Buba se casam apaixonados com a anuência e o apoio de José Inocêncio, que descobre a condição da nora, mas nem liga. Eles criam o filho de Teca.
Como era Buba em Renascer de 1993?
Hermafroditismo, ou o que hoje é denominada a condição Intersexo, que acomete Buba na Renascer de 1993, é uma condição sexual pouco conhecida que corresponde a um distúrbio fisiológico das gônadas sexuais. Hoje, como já dito, a nomenclatura foi substituída por “intersexo”.
Ao mesmo tempo, forma-se estrutura tecidual ovariana e testicular. Na maioria dos casos, o conhecido hermafroditismo possui um aspecto externo da genitália masculina, sendo que as pessoas somente revelam ser intersexo durante a puberdade.
Há três tipos de hermafroditismo: o hermafroditismo verdadeiro, o pseudo-hermafroditismo masculino e o pseudo-hermafroditismo feminino.
No caso do hermafroditismo verdadeiro – as crianças nascem com os dois órgãos sexuais bem formados, possuindo os órgãos sexuais internos e externos de ambos os sexos, incluindo ovário, útero, vagina, testículos e pênis.
Geneticamente, a maioria dos hermafroditas verdadeiros tem em cada célula dois cromossomos X – os homens normais têm um cromossomo X e um Y e as mulheres, dois X. Portanto, eles deveriam ser mulheres.
No segundo, o indivíduo é um homem (XY) do ponto de vista genético, mas o pênis não se desenvolve completamente. Trata-se de homens não completamente virilizados, por lacunas no desenvolvimento sexual embrionário.
No terceiro caso, ocorre o inverso. As mulheres apresentam dois cromossomos X e têm o aparelho reprodutor feminino completo, mas durante a fase intrauterina sofrem um processo de virilização dos genitais: o clitóris cresce excessivamente e se apresenta como uma estrutura semelhante ao pênis.