Libertador

Saiba por que o galã Marco Pigossi teve medo de se assumir gay: “Vivi muito tempo no armário”

"Sempre foi um lugar de muita solidão"

Publicado em 03/05/2023

Através do documentário “Corpolítica” sobre candidaturas LGBTQIAP+ nas eleições municipais do Rio em 2020, no qual, o ator foi produtor, Marco Pigossi viu a oportunidade de falar da sua intimidade. Em entrevista, o ator contou que teve medo de se assumir Gay e por muito tempo viveu no armário. 

Ter se declarado gay foi libertador e fundamental para que ele se sentisse seguro e mais confiante profissionalmente. “O mais importante foi fazer as pazes comigo mesmo, sabe? E esse projeto está num lugar muito especial no meu coração porque durante toda a minha carreira, no alto do meu privilégio, esse privilégio que tem um homem cis, branco, classe média etc., eu sempre tive no meu coração uma vontade de falar sobre isso, de colocar essa questão. Eu nunca tive uma referência, por exemplo. Nunca tive um ator legal que pudesse me inspirar nesse lugar. Sempre foi um lugar de muita solidão. Então, eu tinha essa culpa, essa dívida com a comunidade.”

O filme foi dirigido e roteirizado por Pedro Henrique França e em conversa, Pigossi encontrou espaço para falar do assunto e se posicionar. “Através da arte a gente acessa o coração de cada um ali e que a gente consegue fazer essa transformação. Então, queria muito falar sobre isso através da minha arte, seja como ator, como produtor.”, contou o ator ao podcast “Calcinha Larga”. 

Marco também comentou sobre seu relacionamento com o diretor italiano Marco Calvani. “Quando eu o conheci, ele falou: ‘Eu me chamo Marco’. E eu falei: ‘Putz… Isso não vai dar certo, não dá’ (risos). Foi uma surpresa a recepção dos internautas ter sido boa, mas é o padrão, né? São dois homens brancos, bonitos, que podem ter uma casinha… Isso a gente até aceita, né? Meu processo foi muito diferente. Eu criei esse termo que é o ‘privilégio do armário’. Eu vivi no armário muito tempo.”

Marco Pigossi e Marco Calvani (Extra Online)

Pigossi acrescentou que era mais seguro viver no “armário” e não sofrer nenhum tipo de julgamento ou preconceito. A carreira de ator também fortaleceu esse “esconderijo”. “Se você é gay, as pessoas não vão acreditar nos seus personagens, se eles se apaixonam por uma mulher. Demorou muito para eu me sentir forte e assumir”. 

O ator vive em Los Angeles desde 2018, ano que se desligou da Globo. 

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