Por conta do aumento dos casos de covid-19, a Globo optou por adiar a estreia de Pantanal em duas semanas. A trama de Benedito Ruy Barbosa, atualizada por Bruno Luperi, estava prevista para entrar no ar em 14 de março. Agora, a previsão é que a saga de Juma Marruá (Alanis Gines) estreie em 28 de março.
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Com isso, Um Lugar ao Sol ganhará mais duas semanas no ar. A novela de Lícia Manzo, que foi reduzida para 107 capítulos no período da pandemia, em razão das dificuldades das gravações e o possível prejuízo (a trama começou a ser rodada em 2019), agora deve ser encerrada com 119.
No entanto, como a trama já está totalmente gravada, o processo de esticamento se dará na edição. Com isso, capítulos devem ser desmembrados e “turbinados” com stock shots e flashbacks para ganhar mais tempo de arte. Trata-se de uma manobra que, se não for bem feita, pode jogar contra a novela.
Um Lugar ao Sol, justamente por ter a previsão inicial de 107 capítulos, é uma novela muito ágil e de pouca reiteração. Normalmente, numa novela mais longa, as tramas estão sempre se “explicando”, com diálogos didáticos e flashbacks. O intuito é atrair um novo espectador, que não acompanha a novela desde o início, fazendo com que ele entenda a trama caso resolva assisti-la.
Isso não acontece em Um Lugar ao Sol. A trama anda rapidamente, e há poucas sequências feitas para um espectador mais desavisado. Quem perde alguns capítulos e não faz a lição de casa no Globoplay fica a ver navios. Este deve ser um dos motivos para a novela não decolar, pois ela se torna menos atrativa para quem não a acompanha desde o início.
Ou seja, se Um Lugar ao Sol vai ser esticada na edição, já que seus capítulos estão todos gravados, não haverá a inserção de novas cenas com diálogos voltados à reiteração. O mais provável é que flashbacks sejam usados. Com isso, o ritmo atual há de se perder.
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