A semana de Um Lugar ao Sol foi novamente de Rebeca (Andréa Beltrão). A ex-modelo passou por poucas e boas em seu enfrentamento da própria realidade, quando precisa lidar com os baixos da carreira, do casamento e da vida, ao mesmo tempo em que tem como único porto seguro o seu amor por Felipe (Gabriel Leone).
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Após um período mais calmo, todo o conflito de carreira x idade de Rebeca despencou em sua cabeça, numa sequência de situações muito bem orquestrada pela autora Lícia Manzo. Na trama, por conta das dificuldades da carreira de modelo da filha, Santiago (José de Abreu) compra uma campanha e exige que Rebeca seja a garota-propaganda. O novo trabalho a enche de autoestima, mas tudo cai por terra quando a realidade bate à porta dela.
Ao descobrir a armação do pai, Rebeca mergulha novamente em seus problemas com a idade. E chega a ouvir Túlio (Daniel Dantas), procurando um cirurgião plástico na tentativa de minimizar as marcas do tempo. Porém, toda a conversa com o médico a deixa profundamente abalada, já que Rebeca entende que, na verdade, não existe solução para as marcas do tempo, apenas paliativos. E é assim que ela cai nos braços de Felipe, a única pessoa que a faz ficar bem consigo mesma.
É interessante notar que Rebeca tem conflitos típicos de uma mulher de meia idade e, ao mesmo tempo, se mostra profundamente contemporânea e dona de si. Ela exala segurança ao lidar com os problemas da irmã Bárbara (Alinne Moraes), ou aconselhando a amiga e prima Ilana (Mariana Lima). Mas esta segurança desaparece quando se trata dela mesma.
Isso explica porque ela prefere manter seu casamento com Túlio, mesmo sabendo das falhas do marido e verdadeiramente apaixonada por Felipe. Rebeca carrega contradições que lhe imprimem humanidade. E isso explica a empatia que ela desperta junto ao espectador de Um Lugar ao Sol.
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