No ar desde 1980 apresentando reprises de novelas, fora outros gêneros de programas antes disso e mesmo a presença em outras emissoras, a sessão Vale a Pena Ver de Novo fugiu a essa restrição de programação em duas ocasiões na TV Globo.
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A primeira foi em 1991, provavelmente como forma de driblar as restrições orçamentárias do momento e enfrentar com armas de grosso calibre a concorrência ascendente – a saber, SBT e TV Manchete, que se valiam dos eventuais flancos na programação da emissora líder.
Entre abril e junho daquele ano, além da novela Top Model (1989/90), de Walther Negrão e Antonio Calmon, o Vale a Pena Ver de Novo exibiu quatro minisséries, ou Séries Brasileiras, nome utilizado na época. Foram elas: Riacho Doce (1990), O Pagador de Promessas (1988), O Tempo e o Vento (1985) e Lampião e Maria Bonita (1982).
Na ocasião, a promoção nos intervalos da programação diziam que o telespectador poderia ver “agora, em Vale a Pena Ver de Novo, também o melhor das Séries Brasileiras“. Grande Sertão: Veredas (1985) chegou a ser divulgada no jornal do grupo, O Globo, mas O Tempo e o Vento entrou em seu lugar.
Com cenas de nudez e sexo, Riacho Doce teve alguns cortes na reprise para adequação ao horário vespertino. Mas nada que interferisse na apreciação da história de amor de Eduarda (Vera Fischer) e Nô (Carlos Alberto Riccelli), o neto da mística e má Vó Manuela (Fernanda Montenegro).
Em julho de 1991, a “hora extra” do Vale a Pena Ver de Novo mudou para o final da tarde, sem o título da sessão, e entrou em cartaz a boa e velha novela de sempre, antecipando a grade noturna da Globo. No caso, Roque Santeiro (1985/86) foi a produção escolhida para tal propósito.
Houve outra ocasião na qual a faixa de reprises lançou mão de outro gênero de teledramaturgia, em 2001. Nesta semana, Curiosidades da TV fala sobre o tema, no Observatório da TV. Confira o vídeo!