Criador de Peaky Blinders, Steven Knight lidou com uma tragédia pesada durante a preparação da sexta e última temporada: a morte da atriz Helen McCrory, intérprete de Polly no drama criminal britânico. Ele precisou absorver a perda de uma pessoa “brilhante e fantástica” enquanto projetava o que fazer com Polly, uma das personagens mais importantes da trama, tia de Thomas “Tommy” Shelby (Cillian Murphy), a matriarca e cabeça pensante dos Peaky Blinders.
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[Atenção: spoilers a seguir]
Em entrevista ao site Entertainment Weekly, Knight justificou a decisão de matar Polly, revelação que foi dada logo no começo do primeiro episódio da sexta temporada. “Não me parecia certo a ideia de mantê-la viva, indo morar nos Estados Unidos ou algo parecido”, falou o roteirista. “Queríamos prestar uma homenagem para a personagem e atriz, ao mesmo tempo. Queríamos ter isso dentro da série.”
Ex-mulher do ator Damian Lewis (Homeland, Billions), Helen McCrory morreu em abril do ano passado, vítima de câncer.
No estilo Peaky Blinders, Polly ganhou um funeral respeitoso e tradicional, com o corpo cremado dentro de uma carruagem; ela foi morta pelo IRA, o exército paramilitar irlandês. Durante a cerimônia de despedida, Michael Gray (Finn Cole) jurou vingar a morte da mãe, embarcando em uma tentativa de eliminar Tommy.
“Eu acredito que Helen iria querer que nós continuássemos usando a influência de Polly na série”, contou Steven Knight. “Ela ainda permaneceu tendo forte influência em Tommy e, consequentemente, em toda a história. A morte de Polly permeia boa parte dos acontecimentos da sexta temporada, até mesmo no desfecho.”
Após a morte de Polly, Peaky Blinders deu um salto no tempo de quatro anos, e tanto Tommy quanto Michael não tinham superado a ausência da matriarca. Ela acabou sendo o motivo da guerra entre os dois, trama que movimentou todos os últimos seis episódios.
A sexta e última temporada de Peaky Blinders estreou na Netflix na última sexta-feira (10). Um filme spin-off será feito para definitivamente finalizar a trama. ⬩