Disponível na Netflix desde a quinta-feira (11), a minissérie em seis episódios, Bebê Rena, é a adaptação da peça aclamada de Richard Gadd, que também protagoniza a produção, e narra sua experiência aterrorizante ao ser perseguido por uma mulher de meia-idade chamada Martha. A série tem uma abordagem original e corajosa, se aprofundando em temas complexos como perseguição, saúde mental e vulnerabilidade.
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Na história, um comediante (Gadd) é gentil com uma mulher vulnerável, despertando uma obsessão sufocante que pode acabar com as vidas dos dois. Segundo a crítica do Flixlândia, Bebê Rena é uma obra marcante, com uma direção muito competente de Weronika Tofilska e Josephine Bornebusch, com close-ups desconfortáveis e ângulos ligeiramente inclinados que contribuem para uma estética inquietante. As atuações são impressionantes, especialmente a de Jessica Gunning, que dá vida a Martha de forma convincente, transitando entre a piedade e a malícia com sutileza.
A narrativa é intensa e muitas vezes angustiante, abordando temas como vergonha, crueldade e isolamento. O roteiro não simplifica a complexidade moral da situação, mas sim aprofunda nas áreas cinzentas da interação humana. A série é repleta de momentos de humor, mas o tom predominante é de tensão e desconforto.
O quarto episódio, então, é particularmente perturbador, explorando as profundezas da mente de Donny (Richard Gadd) e os traumas que o assombram. A série não hesita em abordar questões difíceis, como dependência de drogas e abuso de poder, de uma maneira crua e honesta.
Embora possa ser difícil de assistir em alguns momentos, sua autenticidade e coragem fazem de Bebê Rena uma obra memorável, que vai além do entretenimento para provocar reflexões profundas sobre questões humanas complexas. Uma jornada emocional intensa que fica na memória muito tempo após o término.