Nos próximos capítulos de Gênesis, Lia continuará extasiada com a conversa que teve com o ainda desconhecido Jacó. Eles se encontraram brevemente, porém, no tempo suficiente para que a moça conhecesse o Deus que apareceu para o filho de Rebeca.
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Ela chega da rua e vê Zilpa, com quem fala animada sobre o seu encontro. Ela se mostra cheia de esperança. “Ele me falou de um Deus grande, Zilpa. Grande… Maior que o céu, que os montes, que os campos… Porque foi Ele que criou tudo, o mundo inteiro!“, diz, maravilhada.
Zilpa, porém, acha tudo muito estranho, afinal, não tem ainda o conhecimento daquele Deus. “E qual é a imagem desse Deus? E o nome dele?”, indaga Zilpa. “Não perguntei. Mas acho que Ele não deve ter imagem. Sendo tão grande assim… Nem teria como, né?“, diz Lia, refletindo.
A moça pensa mais um pouco e fala “E também acho que a gente pode chamar ele só de Deus. Se Ele é o Único, então…”, pondera. Mas Zilpa não crê que possa ter uma entidade só para cuidar de todas as coisas. “Isso aí eu já é um pouco difícil de acreditar. Um Deus só pra dar conta de tudo? Parece complicado”, opina.
“Você não entende como tudo isso faz sentido?”, pergunta Lia à Zilpa, que continua confusa com tudo o que ouve. “Sinceramente, não”, responde.
Lia conta que esse Deus seria um ser evoluído. “Um ser superior a nós não poderia ser como um de nós. Dado a intrigas, sentimentos ruins, egoísmos… Tampouco iria responder súplicas de pessoas que pedem vingança ou glórias a custo da desgraça dos outros. Como Baal e Aserá “costumam fazer“, ressalta.
Zilpa, por sua vez, não consegue dar conta de tanta novidade. “Desculpa, Lia. Você tá tão feliz, e eu sou até grata a esse desconhecido aí por ter te dado esperança depois de tudo que te aconteceu hoje. Mas não consigo acompanhar esse seu raciocínio, não…“, explica.
Para justificar seu encantamento, Lia fala que sofreu demais procurando uma resposta, e nunca tinha encontrado. Mas agora está aliviada. “Nunca me voltei pra Ele! Ah, Zilpa… Eu sempre tentava ver as coisas pelo lado bom, você sabe… Mas hoje, por exemplo, quando saí da casa do meu pai, isso já não era suficiente. Não tinha nada, nada bom pra eu olhar… Nenhum tipo de consolo. (TOM) Até eu ouvir falar de tudo isso. Lia suspira, lembrando-se de algo realmente lamentável”, coloca a moça.
Ela faz cara de triste logo após, lembrando do moço que contou-lhe tudo isso. “Só lamento porque talvez eu nunca mais me encontre com o tal rapaz, pra que ele me diga mais coisas...”, diz.
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