Vai ao ar na noite de hoje (terça-feira, 3), em Império, um dos momentos mais recordados – e inusitados – da trama de Aguinaldo Silva. Prestes a ter sua sonhada noite de amor com José Alfredo (Alexandre Nero), a vilã Cora (Drica Moraes) simplesmente ‘rejuvenesce’, voltando a ser interpretada por Marjorie Estiano – que a vivera na primeira fase da história – até o último capítulo.
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Muito comentada pelo público – e pelos próprios personagens – na exibição original da novela, a mudança jamais ganhará uma explicação convincente dentro do enredo. Nos bastidores, porém, sua necessidade ficou muito clara: ainda com a saúde fragilizada pelo tratamento contra a leucemia que enfrentou em 2010, Drica Moraes teve de se afastar das gravações por conta de uma faringite, que logo se agravou e a tirou definitivamente da novela.
“Sofri uma falta de voz, uma fonia aguda e não consegui mais comparecer às gravações. Tirei uma semana de descanso mas, mesmo assim, a voz não voltava“, recordou a atriz de 51 anos, em entrevista recente ao portal Notícias da TV.
Como Cora era considerada um personagem fundamental na trama, Aguinaldo Silva concluiu que não poderia abrir mão dela sem prejudicar seriamente a narrativa. A solução encontrada, portanto, foi ‘devolver’ o papel a Marjorie Estiano, que o havia interpretado na primeira fase da obra.
“Substituir Drica por outra atriz da mesma faixa de idade seria a opção menos imaginosa e eu nunca pensei nela. Se é para tomar uma atitude tão radical, tem que ser radical mesmo, pois ser radical em termos de ficção é a principal qualidade da novela“, explicou o novelista, em entrevista concedida à época ao jornal Extra.
“Pensei: ‘O que Janete Clair faria numa situação dessas?‘. E concluí que ela chamaria Cora jovem, ou seja, Marjorie Estiano, e não daria maiores explicações – estas se tornariam supérfluas com o decorrer da novela”, acrescentou.