A atriz Regiane Alves, de 44 anos, que interpretou a vilã Dóris na novela Mulheres Apaixonadas (2003), relembrou o seu papel polêmico da jovem preconceituosa na obra de Manoel Carlos. Em entrevista ao gshow, a artista enfatizou a revolta do público com a sua personagem e recordou histórias de assédio e ameaças por conta do comportamento de Dóris contra os avós na ficção.
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“Teve uma mulher, no elevador, que me perguntou se eu era a neta. Na hora de ir embora, ela bateu o jornal que estava nas mãos e disse: ‘Tem que ser mais educada com seus avós’. Falou sério. Fiquei assustada. No mercado, outra mulher quis tirar satisfação comigo. Eu me lembro também de uma gravação em que uma mulher com dois cachorros grandes veio pra cima de mim. Os seguranças da Globo intervieram”, contou a atriz.
Regiane Alves também destacou a importância social do comportamento de Dóris para o debate do público sobre os maus tratos com os idosos. “Manoel Carlos (autor) botou uma adolescente, uma neta, falando as maiores barbaridades dos avós, e depois veio a aprovação do Estatuto do Idoso. Foram grandes e boas discussões; é legal quando você faz um personagem de cunho social”, refletiu ela.
Por fim, a atriz afirmou que teve a sua redenção de vilã ao interpretar uma freira nas telonas com o filme Divaldo – O Mensageiro da Paz (2019).
“Para o público, sim, Dóris foi a mais marcante, mas é difícil falar de ‘filho’, são tantos. Eu gostei muito de fazer no cinema a Joanna de Ângelis, no filme ‘Divaldo – O Mensageiro da Paz’, em que fui escolhida pelo próprio Divaldo e tem todo um significado na minha vida. Até brinquei na época: ‘Agora chegou minha redenção, estou de freira, esqueçam da Dóris'”, completou Regiane Alves.