José Inocêncio em Renascer, Marcos Palmeira revela as diferenças do novo remake da TV Globo: “É outra novela”

O ator Marcos Palmeira, de 60 anos, abriu o jogo sobre o desafio de interpretar José Inocêncio na segunda fase de Renascer, que estreia no dia 22 de janeiro na tela da TV Globo. Em entrevista ao site da jornalista Heloisa Tolipan, o veterano destacou a sua parceria de longa data com o autor Benedito Ruy Barbosa e apontou as diferenças entre o protagonista da obra recriada por Bruno Luperi e o personagem Zé Leôncio, de Pantanal (2022).

“Se hoje estou aqui devo muito ao Benedito porque nas novelas dele as coisas aconteceram para mim. Mas esse remake, apesar de ser um texto clássico dele, é algo novo. Só que como é uma trama conhecida, essas novas camadas inéditas vão enriquecendo o trabalho. Hoje minha única preocupação é contar essa história da melhor forma, essa realidade do cacau 30 anos depois. É um novo olhar para essa nova antiga forma de produzi-lo. Esse cacau da agrofloresta, das cabrucas. Nos perdoem, no melhor sentido da palavra, as ‘viúvas’ da primeira versão, mas é outra novela”, admitiu o artista.

Marcos Palmeira também destacou as diferenças entre José Leôncio, de Pantanal (2022), e José Inocêncio, de Renascer, afirmando que, embora sejam fazendeiros e homens respeitados em suas terras, são histórias de vidas totalmente diferentes.

“Estou atento e confio muito na direção para não cair numa repetição, mas também não estou amarrado nisso. Quero contar essa história da melhor maneira possível. As semelhanças estão aí e as comparações vão existir. Mas não vejo o Zé Leôncio no Zé Inocêncio, o que já me distancia bastante. Um é do Nordeste e o outro é do Brasil central. O foco é mergulhar nestas camadas de uma nova história, no cacau. Me sinto bem livre para viver esse personagem, estou inteiro. Dane-se se quiserem comparar, o objetivo é embarcar na viagem. Quem ficar preso a isso é porque a história não está interessando muito. Mas confio que o espectador vem com a gente”, declarou ele.

Por fim, o veterano agradeceu novamente a oportunidade de fazer o papel do pai de um personagem no qual ele já interpretou na obra original, assim como aconteceu durante Pantanal, em 2022.

“Estou muito grato pela confiança do Bruno, do Zé (José Luiz Villamarim, diretor de dramaturgia da Globo), da Globo, de me colocar novamente fazendo o pai de um personagem que fiz. Isso não tem preço. É um fortalecimento como ator, como homem. Recontar também é reviver, que é reavaliar, que proporciona modificar, que é crescer. Estou nesse processo de me tornar uma pessoa melhor. E acho que o Zé Inocêncio também tem esse desejo, inclusive verbaliza isso. É uma busca das pessoas serem melhores”, completou Marcos Palmeira.