A jornalista Glória Maria faleceu, aos 73 anos, neste quinta-feira (02) no Rio de Janeiro. Ela estava internada para tratar um câncer, mas a causa da morte não foi divulgada. Ela deixa duas filhas, Maria e Laura.
Veja também:
A informação foi divulgada pelo portal O Globo. Glória estava afastada do Globo Repórter há mais de três meses, em razão do tratamento. O último programa apresentado por ela foi a edição do dia 05 de agosto de 2022. Ela estava na equipe da atração há 12 anos.
Glória foi diagnosticada com câncer em 2019. Ela passou por uma cirurgia de emergência para a retirada de um tumor no cérebro, que foi descoberto repentinamente após um desmaio. Depois do procedimento, realizou um tratamento com a radioterapia e imunoterapia.
Em seguida, emendou o tratamento com a quarentena devido à pandemia do novo coronavírus e continuou longe do trabalho até maio de 2021, quando voltou a TV, já vacinada contra a Covid-19, e dividindo a apresentação do Globo Repórter, com Sandra Annenberg.
Em meados do ano passado, a jornalista descobriu novas metástases cerebrais e foi submetida novamente ao tratamento. Ela havia sido internada em janeiro no Hospital Copa Star, na Zona Sul do Rio, mas não resistiu às complicações do câncer.
Carreira
Gloria Maria Matta da Silva nasceu no bairro de Vila Isabel, na zona Norte, do Rio de Janeiro. Estudou em escolas públicas até chegar ao ensino superior na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio). Em 1970, entrou na TV Globo como rádio-escuta na editoria Rio da emissora e foi efetivada como repórter anos mais tarde.
Fez sua primeira entrada ao vivo foi em 1971, na cobertura do desabamento do Elevado Paulo de Frontin, no Rio de Janeiro. Glória foi a primeira repórter a entrar ao vivo na primeira matéria a cores do Jornal Nacional, em 1977. Virou âncora de programas como RJTV, Jornal Hoje, Bom dia Rio e Fantástico.
A jornalista ficou conhecida por matérias especiais em lugares exóticos e visitou mais de cem países. Além disso, participou de coberturas históricas dentre as quais a guerra das Malvinas (1982), a invasão da embaixada brasileira do Peru por um grupo terrorista (1996), os Jogos Olímpicos de Atlanta (1996) e a Copa do Mundo na França (1998).
Em 2007, realizou a primeira transmissão em HD da televisão brasileira em parceria com o repórter cinematográfico Lúcio Rodrigues. Foi uma reportagem para o Fantástico sobre a festa do pequi, fruta de cor amarela adorada pelos índios Kamaiurás, no Alto Xingu.