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'Continua atual'

João Emanuel Carneiro comemora sucesso da reprise de Avenida Brasil

Novelista falou sobre o trabalho, que oito anos depois repete o sucesso em reprise vespertina

Publicado em 24/04/2020

Quando exibida em 2012, Avenida Brasil foi um fenômeno de audiência e crítica, ultrapassando as fronteiras brasileiras. Vendida para mais de 150 países, a novela de João Emanuel Carneiro envolveu os telespectadores com sua saga de vingança, amor e traição, e personagens carismáticos, entre outras qualidades.

A exibição no Vale a Pena Ver de Novo mostra que a trama mantém a mesma força oito anos depois, com a melhor audiência da faixa horária nos últimos dez anos e repercussão intensa nas redes sociais.

Na próxima segunda-feira (27), a novela entra na última semana de exibição, dividindo o Vale a Pena Ver de Novo com a estreia de Êta Mundo Bom!, outro grande sucesso da dramaturgia.

O público irá relembrar os desfechos mais marcantes, como a morte de Nilo (José de Abreu), que, em seus últimos momentos revela a Nina (Débora Falabella) o segredo que coloca Santiago (Juca de Oliveira) no posto de vilão da trama, e a redenção de Carminha (Adriana Esteves), que acaba vivendo no lixão com Lucinda (Vera Holtz).   

Na entrevista abaixo, o autor João Emanuel Carneiro reflete sobre o sucesso da trama nos dias atuais e fala sobre seus sentimentos ao rever a novela.

Antes do início de Avenida Brasil no Vale a Pena Ver de Novo você chegou a dizer que tinha dúvidas se a novela faria sucesso nos dias de hoje, porque ela retrata um outro momento histórico do país, com as aspirações da classe C durante o boom econômico. A trama é novamente um fenômeno de audiência e nas redes sociais. A que credita a excelente performance no Vale a Pena Ver de Novo?

Apesar do contexto social hoje ser diferente, a novela continua atual porque toca em temas universais e é uma trama homogênea em todos os sentidos. A obra tem vida e força graças ao trabalho integrado e de primeira qualidade do elenco, produção e direção.

Nina (Débora Falabella) e Carminha (Adriana Esteves) de Avenida Brasil
Nina (Débora Falabella) e Carminha (Adriana Esteves) de Avenida Brasil (Reprodução/TV Globo)

Carminha é uma das vilãs de maior sucesso de todos os tempos e Nina, uma heroína nada convencional. As duas sem dúvida foram grandes diferenciais da trama. O trabalho das atrizes voltou a te surpreender ao rever a novela?

Sempre soube que Adriana Esteves era uma grande atriz e, mesmo depois de outros trabalhos, não tem como deixar de se surpreender com o desempenho dela.

Carminha precisava de alguém que suportasse o papel e se entregasse inteiramente. Era a atriz perfeita para interpretar a personagem.

No caso da Débora também não vejo outra atriz interpretando Nina. Ela soube dosar os sentimentos e fazer com que dualidades de outros personagens também estivessem presentes em Nina.

Leleco (Marcos Caruso) em Avenida Brasil
Leleco (Marcos Caruso) em Avenida Brasil (Reprodução/TV Globo).

Quais são suas cenas preferidas e núcleos que gostava de escrever?

Sem dúvida as preferidas eram os embates entre Carminha e Nina. Gostava muito de escrever as do núcleo do Divino e a trama do Cadinho (Alexandre Borges). As cenas do Leleco (Marcos Caruso) com a Tessália (Débora Nascimento) eu também gostava muito, vinham fácil pra mim.

Qual sua sensação hoje após a novela ser novamente um grande sucesso?

Na época, foi muito gratificante ver toda aquela repercussão. Agora me sinto igualmente feliz e realizado de ver que meu desafio de fazer uma novela diferente, em que a mocinha também era vilã, e o esforço, porque foi uma novela muito trabalhosa, novamente agradou e divertiu o público. 

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