FRUSTRAÇÃO

Datena fica indignado com discurso da derrota de Jair Bolsonaro: “Muito dúbio”

Titular da Band afirmou que o presidente não deixou claro ser contra o movimento golpista dos caminhoneiros

Publicado em 01/11/2022

Nesta terça-feira (01), o jornalista José Luiz Datena, de 65 anos, demonstrou o seu descontentamento com o discurso de derrota de Jair Bolsonaro (PL), após o político perder a eleição presidencial para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante o Brasil Urgente, da Band, o comunicador afirmou que o atual presidente deveria ter sido mais contundente ao falar sobre as manifestações antidemocráticas que estão acontecendo pelo Brasil por conta de sua derrota na disputa contra o candidato petista.

“Ele não pediu para levantar os bloqueios, eu pensei que ele fosse pedir isso imediatamente. Ele só condenou os métodos que estão sendo utilizados, que são parecidos com os métodos de esquerda, e agradeceu aos 58 milhões de votos”, iniciou Datena.

O titular da emissora do Morumbi também destacou que Bolsonaro deveria ter sido mais claro ao falar sobre o movimento golpista dos caminhoneiros. “Mas foi muito dúbio o discurso do presidente, não foi claro. Ele deveria ter sido claro [e dito:] ‘Gostaria que, de repente, fossem levantadas as barreiras, os bloqueios nas estradas brasileiras”, apontou.

“Não acho que isso seja o suficiente para que as pessoas entendam e suspendam os bloqueios, de forma alguma. Deveria ter sido mais contundente. Não entendi bem o discurso dele”, completou o jornalista.

Durante o seu discurso de derrota concedido à imprensa nesta terça-feira (01), Jair Bolsonaro falou rapidamente sobre as manifestações antidemocráticas e afirmou que, caso continuem, sejam realizadas apenas de forma pacífica.

“Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedade, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”, disse o candidato derrotado.