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Confira curiosidades da novela Paraíso Tropical, lançamento do Globoplay

Personagens emblemáticos da história foram inicialmente destinados a outros atores

Publicado em 28/02/2022

Mais um grande sucesso do horário nobre da Globo desembarca nesta segunda-feira (28) no Globoplay. Estamos falando de Paraíso Tropical, obra conjunta dos novelistas Gilberto Braga e Ricardo Linhares.

Exibido originalmente entre março e setembro de 2007, o folhetim dirigido por Dennis Carvalho tem o centro de sua narrativa no bairro de Copacabana, um dos mais tradicionais do Rio de Janeiro. A seguir, você relembra conosco outras curiosidades dos bastidores desta obra inesquecível.

Parceria de longa data

Os novelistas Gilberto Braga e Ricardo Linhares (Divulgação/Globo)
Os novelistas Gilberto Braga e Ricardo Linhares DivulgaçãoGlobo

Paraíso Tropical marcou o primeiro trabalho em conjunto de seus dois autores. A química entre eles deu tão certo que seria repetida posteriormente em Insensato Coração (2011) e também em Babilônia (2015) – desta vez, ao lado de um terceiro escritor: João Ximenes Braga, que nos outros dois títulos atuou como mero colaborador.

A parceria entre Linhares e Braga nascera, entretanto, alguns anos antes. Já no começo dos anos 1990 a parceria rendeu alguns frutos, como O Dono do Mundo (1991) e Anos Rebeldes (1992).

Título provisório

Maria Bethânia no Conversa com Bial (Divulgação / Globo)
Maria Bethânia no <strong>Conversa com Bial<strong> DivulgaçãoGlobo

Inicialmente, o folhetim se chamaria Copacabana, em alusão ao bairro onde se passa grande parte da história. Apesar da mudança do título, a ‘presença’ da localidade carioca continuou reforçada por meio da abertura da trama, embalada pelo tema Sábado em Copacabana, de Maria Bethânia.

Vale lembrar que outras novelas da Globo já foram batizadas em homenagem a bairros conhecidos, vide Vila Madalena (2000), Bom Sucesso (2019) e a própria Babilônia – assim nomeada em referência ao Morro da Babilônia, favela localizada no Rio de Janeiro.

Protagonista alterada

Claudia Abreu no Programa Altas Horas
Claudia Abreu no programa <strong>Altas Horas<strong> ReproduçãoGlobo

Quando desenvolveram os primeiros esboços da sinopse de Paraíso Tropical, os autores sonhavam em contar com Cláudia Abreu na pele das gêmeas Liz e Liza, protagonistas do folhetim. A atriz até aceitou o desafio, mas se descobriu grávida meses antes de dar início às gravações.

Pensou-se, na sequência, em substituí-la por Letícia Sabatella, mas esta já tinha um papel fixo na trama antecessora, Páginas da Vida (2006). Partiu então de Ricardo Linhares a sugestão de Alessandra Negrini, com quem ele havia trabalhado em sua novela Meu Bem-Querer (1998), para assumir as duas personagens, a essa altura já rebatizadas de Paula e Taís.

Apesar do sucesso, a troca nunca chegou a convencer Braga de todo. “A Alessandra Negrini é competente, mas não tem o carisma da Cacau“, decretou o novelista, em depoimento ao livro A Seguir, Cenas do Próximo Capítulo (2009).

Convites recusados

Selton Mello (Reprodução).
O ator Selton Mello DivulgaçãoGlobo

Em todo caso, Negrini não foi o único nome do elenco a ser ‘segunda opção’. Gilberto Braga insistiu à exaustão para ter Sélton Mello na pele do vilão Olavo, mas o ator preferiu fazer cinema e deixou a vaga para Wagner Moura. Algo similar ocorreu com Camila Pitanga, cuja Bebel foi rechaçada por Mariana Ximenes, cansada de emendar várias novelas à época.

Juliana Silveira foi convidada para fazer uma participação especial na trama, na pele da prostituta Telma. No entanto, a atriz havia acabado de protagonizar Floribella (2005-2006), sucesso infanto-juvenil da Band, e achou cedo demais para fazer um papel assim. Recém-revelada no remake de Sinhá Moça, Ísis Valverde assumiu a personagem.

Por fim, Joana Fomm chegou a gravar várias cenas na pele de Marion Novaes, até que foi obrigada a deixar a trama por motivos de saúde, antes da estreia acontecer. Vera Holtz foi então chamada para substituí-la, tendo que regravar todas as cenas já feitas por Joana.

Crossover multiautoral

Mary Montilla (Carmem Verônica) em Belíssima (Reprodução/Globoplay)
Mary Montilla Carmem Verônica em Belíssima ReproduçãoGloboplay

Carmem Verônica teve a chance de reviver, em Paraíso Tropical, a tresloucada Mary Montilla, sua personagem em Belíssima (2005), sucesso no horário nobre global dois anos antes. Ela participou de apenas dois capítulos da trama posterior, aparecendo como uma amiga do casal Belisário (Hugo Carvana) e Virgínia (Yoná Magalhães).

Foi uma das ocasiões na história da TV brasileira que um mesmo personagem apareceu em duas novelas de diferentes autores – Belíssima havia sido escrita por Silvio de Abreu, que em 1995 homenageou o amigo Gilberto batizando de Felipe Barreto o cirurgião plástico que opera Isabela (Cláudia Ohana) em A Próxima Vítima.

No entanto, aqui os intérpretes mudaram. Enquanto em O Dono do Mundo (1991) Felipe Barreto foi vivido por Antonio Fagundes, A Próxima Vítima mostrou Lauro Góes como o cirurgião.

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