Globo deixa de ser sonho de jornalistas e funcionários

Publicado em 29/04/2024

Globo deixa de ser sonho de jornalistas e de outros funcionários, algo inimaginável alguns anos atrás.

No passado, trabalhar na Globo, seja para os artistas ou para um cargo de assistente administrativo, era considerado um “status profissional”.

A emissora e o Grupo Globo tinham a fama de pagar os melhores salários e de só contratar os melhores profissionais.

Bozó

O orgulho ou pedantismo de alguns de seus empregados ficaram conhecidos principalmente no Rio de Janeiro.

Havia funcionários que nem sequer pagavam contas em restaurantes, ou pediam desconto mostrando o crachá.

Muitos jornalistas ganhavam mimos e presentes valiosos de empresas e empresários. Eram convidados vips de festas.

Esse comportamento chegou a inspirar um personagem de Chico Anysio, o Bozó: um funcionários da Globo que andava com o crachá da emissora 24 horas por dia e não parava de falar sobre isso para os outros.

Deixou de ser um sonho

Nos últimos anos, no entanto, a emissora mudou completamente de rumo.

Demitiu milhares de funcionários, dispensou os maiores salários, os maiores medalhões, reduziu o piso salarial de quase todos os cargos e o resultado está aí.

Hoje há jornalistas e outros setores da emissora que já sofrem com alguma falta de mão de obra.

Como o jornalista Jeff Benício, do Terra, ponderou na semana passada:

Ser contratado pela Globo é o objetivo da maioria dos jornalistas interessados em TV. Mas cresce a frequência de repórteres que decidem deixar o canal após viver a experiência por um tempo.

Ele cita casos de jornalistas que pularam do navio da Globo: Willian Cury, da Globo News; Caio Maciel, do departamento de Esportes.

No ano passado, Michelle Barros também desistiu, depois de cansar de esperar ganhar uma vaga na bancada de algum telejornal.

Bozó, o personagem de Chico Anysio que se gabava de trabalhar na Globo

Bozó, o personagem de Chico Anysio que se gabava de trabalhar na Globo

Globo encolheu

O ibope da emissora está encolhendo e jamais voltar a ser o que já foi.

As redes sociais, as gigantes de busca, a internet em si, acabaram com o monopólio da “narrativa” da emissora ao longo dos anos.

No passado, a Globo ditava moda. Hoje ela corre atrás para copiar outras modas de outras mídias.

A Globo não é mais a mesma. E nunca mais será.

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