Como o streaming virou uma ‘TV paga de luxo’

Publicado em 29/06/2024

Como o streaming virou uma ‘TV paga de luxo’ é uma das frases mais geniais no mundo da mídia este ano, e não é minha.

Quem a escreveu foi Luciano Guaraldo, no site Notícias da TV, neste sábado (29).

Numa rara e simples análise, o jornalista definiu o momento de divisão de águas na história da TV e do audiovisual em geral.

TV paga de luxo

É exatamente isso mesmo: o streaming como o conhecemos acabou com menos de 10 anos de popularização no Brasil

Se tornou uma réplica do que tivemos por quase 30 anos na TV por assinatura: caro, conteúdo maçante e agora tem até os mesmos comerciais.

Colchões Emma, Trivago, produtos milagrosos, está tudo no streaming.

“Ainn, é barato”. Não, era. 

O Disney+, por exemplo, custa R$ 63 por mês e ainda assim a ESPN tem anúncios.

A Netflix vende seu plano “pobrinho” com anúncios por R$ 21 (essa história de R$ 20,90 é ridícula), mas avisa: “Tem menos anúncios do que você pensa”.

Por que devemos acreditar? Afinal, descumpriu tudo aquilo que usou para vender seu peixe e entrar na casa de milhões de pessoas.

“Um serviço barato com conteúdo incomparável”.

Esse tempo acabou.

Acaba de subir a assinatura padrão sem delongas e sem aviso prévio, para R$ 44,90. Essa era a Netflix que conhecemos.

Na minha opinião, os streamings saturaram a mídia de conteúdo no passado. Agora dependem dele para  segurar clientes e atrair outros.

Crise

Produções são canceladas. Os lançamentos escasseiam. E boa parte do que é lançado, convenhamos, é ruim. 

Alguns documentários do streaming parecem feitos em linha de montagem com o mesmo chassi. Só trocam a carroceria.

Ainda resta o acervo de conteúdo, que é maior. Para quem passou a pandemia maratonando, no entanto, o tédio já bateu na tela.

No caso do Globoplay, o cofrinho já fechou. Até a direção do serviço foi dada a um expert em finanças. Ou seja, o tempo de vacas magras chegou.

Ainda por cima o serviço sofre uma fuga de assinantes (veja link abaixo).

A fusão de serviços como Disney+, Star e ESPN, que começou na quarta-feira (26), além de outras fusões em andamento, é prova cabal de que o streaming, como conhecemos, não existe mais.

Aos poucos, virou mesmo uma “tv paga de luxo”.

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