A partir de julho de 2024, uma novela que deixou Taís Araújo traumatizada será reprisada pela primeira vez. Quinze anos depois, Viver a Vida ganha uma nova chance no Canal Viva. Repleta de estrelas, a trama de Manoel Carlos será a substituta de América, exibida em dois horários: às 13h50 e às 22h50.
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Única obra das 21h da década de 2000 que não está no Globoplay, Viver a Vida deve chegar ao streaming ao final de sua exibição no canal pago. A produção contou com 209 capítulos, transmitida originalmente entre setembro de 2009 e maio de 2010.
Com uma história problemática, essa foi uma das novelas mais caóticas de Manoel Carlos. A começar pela escolha da protagonista, até então a primeira atriz negra a viver a famosa Helena e a ser destaque no horário nobre.
Ao saber do desejo do autor, Taís Araújo implorou pelo papel. Ligou para o dramaturgo e pediu até para fazer testes para a personagem. Depois de muita insistência, foi escolhida para viver, como ela mesma acreditava, seu maior momento na teledramaturgia.
Todavia, a Helena de Viver a Vida não tinha força nenhuma. Era uma ex-modelo que se apaixonava por um homem mais velho, coincidentemente o pai de sua grande rival, Luciana (Alinne Moraes). Sem muitas camadas, foi mal trabalhada e ficou longe do sucesso esperado para a protagonista.
Criticada, Taís Araújo ficou traumatizada com o papel. Contou até com a ajuda sagrada de Aracy Balabanian para tirar a personagem do limbo, já que estava insatisfeita e com um papel apagado. Em várias entrevistas, ela detalhou a experiência ruim na novela e garante que já superou o episódio.
Após Viver a Vida, Taís só voltou para as novelas em Cheias de Charme, fazendo muito sucesso como Maria da Penha. Depois, engatou outros trabalhos e se tornou uma das grandes estrelas da Globo.
Marcada mais pelos problemas do que pela história, Viver a Vida contou com um elenco de peso, com destaque para Mateus Solano, José Mayer, Lilia Cabral, Bárbara Paz, Adriana Birolli, Giovanna Antonelli, Klara Castanho (como uma vilã mirim), Thiago Lacerda, entre outros. A média de audiência foi de 35 pontos, três a menos que a antecessora, Caminho das Índias.