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Destaque em O Rei do Gado, ator foi esquecido pela TV, entrou em depressão e morreu cedo demais

Artista teve grande relevância no núcleo dos trabalhadores sem terra

Publicado em 29/05/2023

A reprise de O Rei do Gado é marcada por um elenco estrelar. Entre grandes nomes, um ator faleceu precocemente ao ser esquecido pela TV e enfrentar uma grave depressão.

Escalado para viver Dominguinhos na produção, Antônio Pompêo teve grandes cenas no núcleo dos trabalhadores sem terra. Ele viveu um dos fiéis escudeiros de Regino (Jackson Antunes), na luta pela reforma agrária. Mas, infelizmente, morreu ao lado de seu líder.

A trama rural representou um dos principais trabalhos de Pompêo na TV. O artista começou cedo na carreira e foi escalado para várias produções da década de 1980 e 1990, como Tenda dos Milagres, O Outro, Kananga do Japão, Mulheres de Areia e A Viagem.

Entretanto, após atuar em O Rei do Gado, não teve muitas oportunidades na TV. Na Globo, fez poucos trabalhos e decidiu assinar com a Record TV.

Antônio Pompêo em O Rei do Gado
Antônio Pompêo como Dominguinhos em O Rei do Gado

Depressão e morte

Na emissora de Edir Macedo, Antônio Pompêo fez algumas novelas. O maior destaque aconteceu no sucesso Prova de Amor. Já sua última aparição (na emissora e nas telinhas) aconteceu em 2012, na trama Balacobaco.

A partir daí, o Dominguinhos de O Rei do Gado foi esquecido. Sem chance na TV, acabou enfrentando uma forte depressão, não resistiu e morreu em 2016.

Pompêo faleceu em seu apartamento, na zona oeste do Rio de Janeiro. A causa da morte não foi divulgada oficialmente, mas a atriz Zezé Motta, grande amiga do ator, deu detalhes tristes sobre o seu fim.

O ator Antônio Pompêo
O ator Antônio Pompêo, Dominguinhos de O Rei do Gado

Meu amigo estava recluso, deprimido com a falta de oportunidades de trabalho. Essa é a realidadeNão teve o grande reconhecimento que merecia. Acho que morreu de tristeza”, disse para um jornal na época.

Além da carreira artística, o ator também era uma grande liderança do movimento negro. Tanto que conduziu por um tempo a famosa Fundação Palmares, órgão ligado ao Ministério da Cultura do Governo Federal.