SUCURI

Cobra dublê ganhou tratamento de rainha em Pantanal; entenda

Novela ambientada na região centro oeste do Brasil vai compor a faixa das 21h da Globo

Publicado em 14/02/2022

Tudo indica que Pantanal entrará no ar na Globo chamando a atenção pela beleza das imagens. Além de ser uma novela ambientada em um dos paraísos nacionais, vai apresentar detalhes visuais bem enriquecedores.

Após seis meses imersa no universo pantaneiro, a produtora de arte Miriam Saback, mais conhecida como Mirica, finalizou seu projeto junto à equipe.

Posteriormente, foram mais alguns meses para encomenda e confecção dos objetos de cena que trazem vida aos cenários e remetem à realidade vivida pelos fazendeiros, peões e moradores da região.

Seja em externa no Mato Grosso do Sul, ou nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro, o departamento de arte é responsável por cada detalhe das cenas.

Foi tudo bem escolhido para transmitir verdade. Desde a carne e as ferramentas de um churrasco até a sela da montaria; a rede da varanda; as bebidas da mesa de jantar; entre muitos outros itens.

Sucuri

Uns mais comuns, outros mais peculiares. Para se ter uma ideia, Mirica e sua equipe precisaram encomendar de uma artesã uma sucuri de quatro metros de comprimento.

“Ela é maleável, temos que passar diariamente uma glicerina para não ressecar. Quando encomendamos, pedimos que houvesse a possibilidade dessa cobra entrar dentro da água. Materiais como esses não podem ficar no calor do Pantanal”, explicou a produtora.

A cobra artesanal participou de muitas cenas da novela como dublê da sucuri original. Mesmo sendo de ‘mentira’, a peça ganhou tratamento de rainha. “Mandamos fazer uma casinha, um compensado de madeira para abrigá-la. E não termina por aí. Para as gravações, precisamos deslocar essa cobra de uma fazenda para outra. Ligamos para a frota e pedimos um carro específico para a arte, com caçamba atrás, e encomendamos um rack com a medida da cobra”, relata Mirica.

Fazenda José Leôncio (Renato Góes) e Joventino (Irandhir Santos) em Pantanal (Divulgação)
Fazenda José Leôncio (Renato Góes) e Joventino (Irandhir Santos) em Pantanal (Divulgação)

Produtos regionais para embelezar a novela

A “dublê da sucuri” é carioca, mas muitos outros produtos Mirica fez questão de encomendar no Mato Grosso do Sul, de pequenos produtores locais, como é o caso de alguns itens que servirão a fazenda de José Leôncio (Renato Góes / Marcos Palmeira), a tapera de Juma (Alanis Guillen) e a chalana de Eugênio (Almir Sater).

“Comprei a louça toda do povo Terena, produzida por indígenas da região. São travessas de cerâmica vermelha com desenhos indígenas para a fazenda, louças mais simples para a tapera e algumas sacolas que eles fazem de mercado, com desenhos lindos para a chalana, que encomendamos para homenagear esse povoado local”, contou a produtora.

Quando entramos em contato com eles, tivemos ainda a oportunidade de conversar com o pajé e tirar algumas dúvidas sobre como são tratadas pessoas que sofrem picadas de cobra ou são atacadas por animais, pois precisaremos ter em algumas cenas o que seria usado em casos como esses, já que o Velho do Rio em determinado momento irá ajudar uma pessoa, e explicará que aprendeu o ritual com indígenas”, diz Mirica, dando a dimensão da riqueza de detalhes do trabalho de seu departamento.

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