O Big Brother Brasil tem um formato pronto e uma base de dinâmicas. Dentro do esperado, Boninho e sua equipe se desdobram para apimentar e deixar o jogo cada vez mais interessante. A edição 23 começou diferente e todos os spoilers apresentados causaram um frisson nos fãs do reality. Com mais de duas semanas no ar, já é possível identificar alguns erros cruciais nesta edição.
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Com a melhor das intenções, a edição 23 está trazendo mais atividades e dinamismo, porém, alguns equívocos estão comprometendo a audiência e o engajamento. As questões giram em torno das duplas, festas, poderes, idade média dos participantes e carisma.
FORMAÇÃO DE DUPLA
A ideia de cada participante não ter entrado sozinho no jogo, e sim, em dupla, parecia uma boa ideia, mas com o decorrer dos dias, já dá para concluir, que essa situação tirou do jogo a espontaneidade da identificação. Não houve a liberdade de formação de grupo ou de pequenos grupos. Diante dessa situação, a casa se dividiu de uma maneira muito rápida e em dois times divididos pelos quartos. Ter alguém isolado, ou com dificuldade de entrosamento e opinião própria ficaram de fora dessa edição.
TRÊS FESTAS SEGUIDAS
As festas no BBB são claramente uma válvula de escape. Funcionam para espairecer, se desligar um pouco do jogo e tirar o estresse diário do confinamento. A partir do momento que a primeira semana teve três dias seguidos de festa, não houve o fator estressante como peso para o confinado. Todos se integraram mais rapidamente e desenvolveram aquela energia de “colônia de férias”. Muita diversão e pouco jogo.
CENTRAL DE CONTROLE DO LÍDER
Um dos grandes diferenciais dentro do reality era a possibilidade valiosa e difícil de ter acesso ao diálogo dos outros Brothers. Isso só era possível no paredão falso e quarto secreto. Ter essa vantagem tão atraente toda semana, tirou a graça do jogo, deixou este privilégio banal e intimida as conversas e combinações entre os participantes, depois da prova do líder. E para piorar, não só o líder tem acesso as informações, todos do VIP podem assistir também.
IDADE MÉDIA DOS PARTICIPANTES
A idade média dos participantes não passa dos trinta anos. Lógico que a maturidade não gira só em torno da idade, mas interfere no fato de deslumbramento. A maioria está muito preocupada com o visual e dançinhas de Tik Tok. Sobra emoção e falta racionalidade. Existe papo de jogo, mas de uma forma muito previsível. Faz falta um jogador mais frio é bom de estratégia. O jogo da discórdia foi a prova que a maioria bateu na mesma tecla e pouco acrescentou.
Para encerrar com os erros dessa edição e que estão tirando o sono de Boninho, giram em torno de uma sensação de que boa parte dos participantes não tem carisma. Não existe quem muito agrade, existe o menos pior. Lógico, que ter um favorito de cara, deixaria o jogo meio sem graça, mas não ter ninguém agradando, é um sério problema. O jogo só está no começo, mas certos erros já estão comprometendo toda a sequência do reality.
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