Aposta da dramaturgia da Record TV para 2022, a série Todas as Garotas em Mim conta a história de Mirella (Mharessa Fernanda), uma jovem que vive problemas típicos de sua idade e que começa a se identificar com mulheres da Bíblia, revivendo passagens do Livro Sagrado. A produção mantém a linha religiosa da dramaturgia da emissora, mas o faz num novo formato.
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Trata-se de mais uma tentativa da Record de tentar evitar o “mais do mesmo” de suas produções bíblicas. A emissora acertou em cheio ao aperfeiçoar o filão a partir de Os Dez Mandamentos, cujo sucesso ditou os rumos de suas novelas seguintes. Mas não conseguiu evitar o desgaste da fórmula após A Terra Prometida e O Rico e Lázaro, que se mostraram muito semelhantes umas às outras.
Com isso, houve a primeira tentativa de fugir das barbas postiças, do figurino de fantasia de carnaval e dos cenários que pareciam parques temáticos. Apocalipse levava a novela bíblica para a contemporaneidade, ao imaginar como seria o anticristo que ditaria o fim do mundo. Mas a trama, confusa na tela e nos bastidores, não emplacou.
Assim, a Record voltou a apostar no arroz com feijão, em tramas como Jesus e Jezabel. Mas não deixou de tentar buscar um novo formato e acertou com Gênesis, que inovou o filão ao apostar numa trama dividida em sete fases completamente distintas. Seu sucesso levou o canal a repetir a fórmula com Reis, que estreia este ano.
A princípio, estava prevista uma novela sobre Rei Davi. Mas a história já havia sido contada antes, numa boa minissérie exibida em 2012. Ou seja, a Record já começaria a produzir remakes de suas próprias obras. Porém, o sucesso de Gênesis fez o projeto de Rei Davi se transformar em Reis, que terá várias fases contando a história de vários reis bíblicos.
Neste contexto, Todas as Garotas em Mim vem como mais uma aposta num produto novo, mas dentro da proposta das novelas religiosas da Record. Se vai funcionar, só saberemos quando estrear. Mas não deixa de ser uma tentativa válida.
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