Atração do horário das 21h da TV Globo, Amor de Mãe tem sido elogiada por sua qualidade, que de fato existe e a coloca num patamar acima da média dos últimos anos nesse mesmo horário. Ao primar por soluções fáceis, intervenções desastradas para conquistar audiência e novelas sem “profundidade”, para usar um termo generalista, a emissora teve êxitos de números, mas com produtos pichados pela crítica especializada. A autora Manuela Dias vai interligando todos os personagens, em maior ou menor grau, à trajetória de Lurdes (Regina Casé), Thelma (Adriana Esteves) e Vitória (Taís Araújo). Quase três meses depois da estreia, algumas mudanças ocorreram nas vidas das protagonistas, o que faz evoluir a narrativa e leva a ascenderem personagens até aqui “menores” como Verena (Maria), revelada como a mulher salva por Magno (Juliano Cazarré) de Genilson (Paulo Gabriel) durante um estupro, e Nicete (Magali Biff), mãe de Genilson, Betina (Ísis Valverde) e, descobrimos recentemente, do vilão Álvaro (Irandhir Santos). Depois de perder em audiência para a novela das 19h, Bom Sucesso, enfim Amor de Mãe parece ter engatado e registra índices acima dos 30 pontos, considerados ideais para as novelas das 21h. Resultado merecido, apesar de algumas passagens bastante desnecessárias que não ornam com o todo, a exemplo de toda a história do “vale-night” e da condução da problemática de defesa do meio ambiente e combate à nociva e poluidora PWA pelos jovens Amanda (Camila Márdila) e o já morto Vinícius (Antônio Benício). Se a novela não é perfeita (e haverá alguma que assim possa ser chamada?), com toda a certeza está na parcela de qualidade da faixa de uns anos para cá. Ao menos até aqui, após 72 capítulos, quase a metade do previsto para sua duração.
Publicidade
Novela das 21h
Amor de Mãe parece ter caído nas graças da audiência, depois de quase três meses
Obra de Manuela Dias tem aliado qualidade a bom ibope
Divulgação/ TV Globo
Publicidade
Publicidade