A série Conquest, protagonizada por Keanu Reeves e filmada no Brasil, que também contaria com Bruna Marquezine no elenco e, de acordo com o site Cine Pop, estava prevista para estrear em 2023, teve um fim caótico na Netflix. O diretor Carl Erik Rinsch gastou mais de US$ 50 milhões antes mesmo de entregar um episódio completo. O New York Times revelou sua má gestão e gastos excessivos, destacando seu comportamento errático e decisões duvidosas durante as filmagens.
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Rinsch, conhecido por seu filme mal recebido 47 Ronins, ganhou a confiança de investidores para a série, mas problemas surgiram logo no início das filmagens. Comportamento questionável, longas jornadas de trabalho e incidentes, como a hospitalização de uma atriz por hipotermia na Romênia, expuseram a administração precária e falta de segurança.
Keanu Reeves interveio como investidor para salvar a série, levando a Netflix a investir US$ 61,2 milhões. Contudo, as filmagens enfrentaram desafios em várias locações, incluindo tensões com sindicatos e episódios alarmantes em Budapeste, onde Rinsch acusou sua esposa de conspiração.
Apesar do alto investimento da Netflix, as filmagens sofreram atrasos significativos. Rinsch alternava entre roteiros, levando a Netflix a decidir entre continuar financiando ou encerrar o projeto. Rinsch solicitou mais fundos, alegando colapso iminente, e a Netflix concedeu US$ 11 milhões adicionais. Porém, ele os gastou em investimentos arriscados, perdendo parte em Wall Street, mas ganhando com Dogecoin.
O dinheiro não retornou à produção, sendo gasto em luxos pessoais, levantando dúvidas sobre a viabilidade do projeto. A crise culminou com o divórcio de Rinsch e sua esposa, Gabriela Rosés Bentancor, também coprodutora da série.
A Netflix interveio e cessou o financiamento, encerrando a problemática produção. Isso desencadeou uma batalha legal entre Rinsch e a Netflix, com a empresa negando as acusações de violação contratual feitas pelo diretor.